A Everis, multinacional de consultoria que oferece serviços
voltados ao desenvolvimento e manutenção de aplicações tecnológicas e serviços
de terceirização, tem um programa global que forma, prepara e inclui no mercado
de trabalho pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em projetos
na área de TI.
No Brasil, a primeira funcionária contratada pela Everis com esse quadro é Vitoria Gimenez, de 21 anos. Estudante de Mecatrônica, ela trabalha no Centro de Certificação de Aplicações com 12 consultores. De acordo com a empresa, a receptividade a Vitória foi “extremamente positiva” e os primeiros resultados da experiência se mostram bastante estimuladores. A Everis diz que foram detectadas melhorias quantitativas e qualitativas na produtividade da equipe, na formação dos líderes e no clima organizacional, informa a multinacional.
No Brasil, a primeira funcionária contratada pela Everis com esse quadro é Vitoria Gimenez, de 21 anos. Estudante de Mecatrônica, ela trabalha no Centro de Certificação de Aplicações com 12 consultores. De acordo com a empresa, a receptividade a Vitória foi “extremamente positiva” e os primeiros resultados da experiência se mostram bastante estimuladores. A Everis diz que foram detectadas melhorias quantitativas e qualitativas na produtividade da equipe, na formação dos líderes e no clima organizacional, informa a multinacional.
A gerente de Pessoas da companhia, Rita Souza,
afirma que os profissionais com TEA podem até ter dificuldades para
compreenderem algumas situações, estados emocionais ou mesmo nos relacionamentos
sociais. “Mas, por outro lado, têm alta capacidade de concentração e produção,
talento para executarem atividades repetitivas e metódicas, ótima memória
visual e de longo prazo e, ainda, boa identificação de padrões.”
Vitória, por sua, vez afirma, segundo informe
divulgado pela empresa, que viu seu trabalho gerar impacto positivo no projeto
em que atua. ” O clima de colaboração da minha equipe é emocionante, eu nunca
fui tratada dessa forma, sem distinções. Não é um problema as pessoas saberem lidar
ou não comigo, mas o respeito que elas têm me motiva”, diz.
Rita afirma que o projeto para contratar pessoas
com TEA pretende gerar mudança de perspectiva sobre o autismo na empresa,
promover a questão da diversidade entre seus profissionais e mostrar a grande
capacidade que as pessoas com TEA têm de executarem um bom trabalho, serem
autossuficientes e contribuírem para o sucesso dos projetos dos clientes.
O projeto TEA tem apoio da Specialisterne
Foundation, organização dinamarquesa que atua na capacitação de profissionais
com TEA na área de TI e na inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. A
denominação TEA é utilizada desde 2013 para classificar as síndromes marcadas
por alterações do desenvolvimento neurológico como o Autismo Clássico, o
Autismo de Alto Desempenho, a Síndrome de Asperger e o Distúrbio Global do
Desenvolvimento sem Outra Especificação (DGD-SOE). Cada uma dessas variações
envolvem situações, apresentações e graduações diferentes entre si, que vão de
leves a graves, por isso o uso do termo “espectro”.
Todas, porém, em
menor ou maior grau, estão relacionadas às dificuldades de comunicação e de
relacionamento social, características que podem levar à discriminação e à
exclusão. No entanto, informa a Everis, as pessoas com TEA são capazes de
produzir ideias próprias e originais, têm sensibilidade para as artes, são
ótimas observadoras do espaço, de si mesmas e dos outros. A qualquer mudança,
manifestam surpreendentes e adequadas observações.
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