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Chales Chaplin e o Grande Ditador |
Só sei
que Lula, padrinho da eventual mudança, insistirá na troca. Bem como insistirá
em que Dilma troque José Eduardo Cardozo por qualquer outro nome no Ministério
da Justiça.
Por
quê?
Ora. No
caso de Levy, Lula ainda tem a desculpa de que ele só fala em arrocho da
economia. Que não representa uma esperança. E que está errado ao não estimular
a volta do consumo.
Enfim:
que toda a política econômica de Levy é um equívoco. E que a persistir assim, o
PT perderá as eleições do próximo ano. E, seguramente, a eleição presidencial
de 2018.
No caso
de Cardozo, por mais que tente, Lula não tem como esconder seus interesses
pessoais em jogo.
Cardozo
tem que sair do governo porque ele não manda ou não quer mandar na Polícia
Federal e no Ministério Público. E os dois ameaçam Lula com suas investigações,
e também a família dele.
Lula
ficou riquinho da silva. E seus talentosos filhos igualmente.
A
substituição de Levy também deixaria Lula mais tranquilo se o sucessor dele
passasse a mandar na Receita Federal.
Pois é:
assim como a Polícia Federal e o Ministério Público, a Receita Federal está
indo para cima dos ganhos de Lula e de sua família em negócios com
empreiteiras.
Somente
entre 2011 e 2014, Lula declarou ganhos de 27 milhões de reais como palestrante
de empreiteiras beneficiadas pelos seus dois governos. Sabe como é: uma mão
lava a outra.
A mão
que Lula ofereceu está sendo lavada pelas empreiteiras envolvidas na
roubalheira na Petrobras.
Acuada
pela oposição, tratada com má vontade pelo PT, só restou a Dilma, com medo do
impeachment, entregar-se a Lula. Ou melhor: entregar o governo.
A
recente reforma ministerial não foi obra de Dilma, mas de Lula. Só que ela está
inacabada.
Lula
pouco se lixa para o que é melhor ou pior para o país. O que ele mais quer é
escapar da Lava-Jato e ser candidato a presidente em 2018.
A
presidente, não. A ditador.
Porque
se ele chama Dilma de fraca por não interferir nas ações da Polícia Federal, do
Ministério Público e da Receita Federal é porque ele, presidente, interferiria,
sim.
A
polícia, o ministério e a receita não são órgãos de governo sujeitos às
vontades do presidente ocasional. São órgãos do Estado.
Mas
isso nada vale para Lula. Deveriam se comportar como quer o presidente. E assim
será se ele suceder Dilma.
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