quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Jerusalém: matança na Sinagoga

Religiosos que oravam em uma Sinagoga, em Jerusalém, foram assassinados, dois dias atrás, por dupla de terroristas palestinos a golpes de facas e machadinhas. É o ódio em estado puro. Para esfaquear alguém é necessária uma aproximação, um chegar ao outro, quase lhe sentir a pulsação e o calor do corpo. Arma de fogo possibilita matar à distância, friamente, ao abrigo de uma parede, de uma árvore ou de um móvel qualquer. Faca, não. Fica-se face a face, quase que trocando o ar respirado um com o outro. 

No caso em tela, o horror é maior pois as vítimas eram indefesas, sem outra arma que sua fé e adereços de culto. Não se pode comparar a brutal agressão a um duelo, como tantos relatados pela literatura (Borges e Guimarães Rosa o fizeram). Os assassinatos e o vilipêndio na Sinagoga só reforçam a causa do povo israelense, cobrando do mundo civilizado um posicionamento mais efetivo a seu favor, e contra a barbárie intolerável de fanáticos, como o Hamas, o Estado Islâmico e assemelhados. 

A injustificável ferocidade faz lembrar o absurdo morticínio de Ruanda, nos anos 90 do século passado, com o genocídio perpetrado pelos hutus contra os tutsis abrigados em ilusória proteção dentro de igrejas cristãs. Nos terríveis incidentes africanos, o ódio foi destilado com as catanas, como se estivessem num matadouro.       

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