quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Os reitores que bajulam e a PNAD

Pelos dados da PNAD recentemente publicados, o analfabetismo ficou praticamente estável entre brasileiros com 15 anos ou mais de idade: passou de 8,7% para 8,3%. Isso significa que no último levantamento havia 13.048.000 de pessoas nessa situação. A meta do Plano Nacional de Educação para 2010 era erradicar o analfabetismo — objetivo adiado para 2020.
A taxa de analfabetos é significativamente menor entre os mais jovens, mais escolarizados, efeito do esforço dos últimos vinte anos de incluir todas as crianças no ensino fundamental. Entre os brasileiros com idades entre 15 e 17 anos, a taxa chegou a 0,8 em 2013 — são 83.000 meninos e meninas. Entre outros grupos, contudo, as taxas seguem altas e caem muito pouco. Entre aqueles que têm 25 anos ou mais, é de 10,2%. Na prática, são 12.633.000 pessoas. O estudo classifica como alfabetizadas as pessoas capazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples.
A situação fica pior quando se consideram os analfabetos funcionais, pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo. A Pnad de 2013 mostra queda de meio ponto percentual na comparação entre 2012 e 2013. Neste ano, a taxa chegou a 17,8% — são nada menos do que 27,9 milhões de pessoas que, embora saibam ler, não compreendem a mensagem do texto em questão. No Nordeste, o problema afeta 27,2% dos brasileiros a partir dos 15 anos; no Sudeste, 12,9%.
Em resumo, analfabetos de dois, três ou quatro costados representam hoje algo em torno de 41 milhões de brasileiros (equivale a toda a população do estado de São Paulo), Apesar do escandaloso número, os 54 reitores das universidades federais do Brasil garantiram, babosamente, à primeira mandatária, que o país "está no rumo certo" (sic). Cheios de contentamento, os magníficos dirigentes se declararam, então, sem nenhum pudor, eleitores da madame.    
(Fonte: informações publicadas no portal da VEJA).

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