quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mármore (Shala Andirá)

Partes mortas dançam
onde descansam os dedos do homem frágil.
Morrem mais as desesperanças e
se, não há fim, há sempre começo.

É preciso que haja vida, pois a morte é precisa
e antes que ele diga do excesso, surgirá
no calor o contorno lírico dos lábios e haverá
sorrisos,
na despedida das coisas perdidas, brincando
esse amor como coisa desmedida.

Esculpida de flores foi ganhando forma
de uma música infinita extraída do muro,
que girava em torno do menino
que tocava um violão sem cordas,
desacreditando no destino.


(Shala Andirá nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 19 de março de 1974)

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