sexta-feira, 27 de março de 2009

OLHOS AZUIS

Olhos azúis... desta forma era também conhecido Frank Sinatra. Esta expressão, dita assim de maneira afetuosa, remetia às inesquecíveis canções do vasto repertório deste artista que nos encantaram, e encantam, até hoje. Olhos azuis... Olhos azuis trazem imediatamente à memória "New York, New York" e "As time goes by" entre outras. Para os amantes da música a referência a "Olhos azuis" estará sempre associada a esta estranha felicidade propiciada e eternizada por Sinatra.

Mas eis que entra em campo um bronco raivoso e propõe outros significados para a velha expressão. Numa entrevista coletiva à imprensa, Luiz Inácio - o mameluco impenitente -resolveu que "olhos azuis", doravante, são sinônimos da maldade. Na sua tosca concepção de mundo, dividido por ele entre brancos e pretos, pobres e ricos, bons e maus, incluídos e excluídos, trabalhadores e capitalistas e outras formas igualmente maniqueístas, a crise pela qual passa o Brasil é de responsabilidade de "homens brancos de olhos azuis". Instado a explicar o sentido da frase ele alega que não conhece nenhum "banqueiro negro nem índio". Livrou, desta maneira, os banqueiros amarelos (e eles são muitos), numa incrível demonstração de facciosismo racial. Judeus, também, se viram protegidos pelo troglodita pois que - semitas - em boa parte têm traços amorenados (como diria Brizola).

Os banqueiros, no entanto, sabem que esta fala torpe é apenas para uso propagandístico. Não é para ser levada a sério como, aliás, tudo que o autor dela faz. A história de vida de Luiz Inácio é recheada de torpezas até piores. Meras bravatas que, cumpre assinalar, destinam-se a criar inimigos imaginários em quem colocar a culpa pelas dificuldades e pela crise que vai nos avassalando. Os banqueiros sabem que Luiz Inácio é bom amigo. Amigo do peito, amigo leal... eles sabem disto. Basta ver as babilônicas quantias que são depositadas - a título de juros - todos os anos nas arcas dos agiotas nacionais e internacionais pelo desgoverno de Luiz Inácio. Estima-se um valor que já chegue a um trilhão de reais durante o atual mandato presidencial. Ora, quem dá tão boa vida aos banqueiros é amigo ou inimigo deles?

As alucinadas considerações lulescas apenas sugerem o nível em que serão disputadas as próximas eleições de 2010. Esta gente tudo fará para se manter no controle, não das boquinhas, mas, das bocarras que proliferam na máquina pública e privada (não se deve esquecer das bocadas cujo controle está com os fundos de pensão, modelando lucrativa parceria dos "trabalhadores" petistas com banqueiros e outros capitalistas nacionais e internacionais). Luiz Inácio e seus amigos serão capazes de vender a própria mãe. Vender outros também vendem, alguém pode dizer. Porém, eles venderão e entregarão a mercadoria. Não possuem qualquer limite para o que falam e o que fazem. Estão aí, à vista de todos, as provas necessárias.

Nenhum comentário: