Os resultados eleitorais americanos têm provocado curiosas avaliações sobre eventuais paralelismos com outros países. Uma das mais equivocadas refere-se à suposta similitude entre a eleição de Lula da Silva aqui no Brasil e esta recente eleição de Obama. O próprio Lula arriscou esta comparação, insinuando que a eleição de um metalúrgico (ou seja, ele), teria o mesmo valor simbólico da eleição de um “negro” na América. Obama, no entanto, não é negro: é um mestiço ou, como ele mesmo gosta de dizer, um brown (marrom), filho de mãe branca com pai africano (queniano morador eventual nos Estados Unidos onde fazia pós-graduação). Não traz consigo a herança da escravidão sofrida pelos genitores dos negros de diferentes tons que hoje abundam em todo o continente americano e que é peculiar, por exemplo, aos mulatos brasileiros (frutos da miscigenação de pais brancos com mães pretas). A mestiçagem brasileira teve início com o estupro da mulher, inicialmente a indígena e, depois, a africana trazida aos magotes para o novo mundo. Obama é fruto do amor entre dois adultos, não da violência costumeira que preside as relações entre senhores e escravos. Talvez por isso sua compreensão não racializada da política, ao contrário da forma como a compreendem lideranças de outros tempos e lugares.
Obama é egresso da elite pensante americana e, em nada, lembra o atual presidente brasileiro (apesar deste ser egresso de uma elite: a sindical que sempre foi sócia da elite empresarial do Brasil). Ouvir os discursos e tomar contato com os posicionamentos de Obama é um agradável exercício para os sentidos: claro, sereno, inteligente e profundo. Em nada lembra a tronchice usual do mandatário brasileiro. Aliás, a bem da verdade, Lula se parece muito mais com Bush que com qualquer outro líder existente no resto do mundo civilizado. Lula da Silva e George Bush se irmanam, para começar, no desprezo que dedicam ao pensamento e às formas corretas de expressá-lo. Seria uma obra prima, digna de ser exibida no Youtube, um diálogo (?) entre os dois. A mímica seria, naturalmente, usada com largueza. Charles Chaplin e Monsier Hulot morreriam de inveja por não terem inventado algo parecido em suas fantasias cinematográficas. Faz, pois, enorme sentido imaginar algo assim entre os dois atuais presidentes - Lula da Silva e George Bush - em vista de nenhum deles falar o inglês, e muito menos o português. O contato pessoal deles (caso fosse mostrado ao público) ficaria, desta forma, recheado de caras e bocas em profusão, dedos e mãos em diferentes posições e movimentos, guinchos, arrotos e flatulências sem limites, numa composição final onde o grotesco seria, com certeza, o tom predominante, como se estivessem, ambos, sob o efeito da marvada (de cuja devoção nenhum dos dois ficou imune ao longo de suas vidas).
Obama é egresso da elite pensante americana e, em nada, lembra o atual presidente brasileiro (apesar deste ser egresso de uma elite: a sindical que sempre foi sócia da elite empresarial do Brasil). Ouvir os discursos e tomar contato com os posicionamentos de Obama é um agradável exercício para os sentidos: claro, sereno, inteligente e profundo. Em nada lembra a tronchice usual do mandatário brasileiro. Aliás, a bem da verdade, Lula se parece muito mais com Bush que com qualquer outro líder existente no resto do mundo civilizado. Lula da Silva e George Bush se irmanam, para começar, no desprezo que dedicam ao pensamento e às formas corretas de expressá-lo. Seria uma obra prima, digna de ser exibida no Youtube, um diálogo (?) entre os dois. A mímica seria, naturalmente, usada com largueza. Charles Chaplin e Monsier Hulot morreriam de inveja por não terem inventado algo parecido em suas fantasias cinematográficas. Faz, pois, enorme sentido imaginar algo assim entre os dois atuais presidentes - Lula da Silva e George Bush - em vista de nenhum deles falar o inglês, e muito menos o português. O contato pessoal deles (caso fosse mostrado ao público) ficaria, desta forma, recheado de caras e bocas em profusão, dedos e mãos em diferentes posições e movimentos, guinchos, arrotos e flatulências sem limites, numa composição final onde o grotesco seria, com certeza, o tom predominante, como se estivessem, ambos, sob o efeito da marvada (de cuja devoção nenhum dos dois ficou imune ao longo de suas vidas).
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