1) Qual o significado de uma campanha onde se busca o voto popular? Pede-se ao povo uma autorização para tomar decisões que serão acatadas por todos posteriormente, respeitadas as regras do jogo democrático previstas constitucionalmente. Não é uma delegação como muitos ainda pensam. Esta última é da esfera do direito privado e, não, do direito público. Mandato de um político, em qualquer esfera, não se compara a uma procuração dada a um advogado, por exemplo, para defender interesses específicos. Neste sentido, a credibilidade é algo fundamental. Ao autorizarmos alguém a governar estamos cientes que o interesse público irá presidir todas as ações posteriores durante o decorrer do mandato e que o eleito decidirá sobre questões que afetam a toda a sociedade.
2) A campanha, até aqui, mais bem sucedida é a do candidato Márcio Lacerda. O que nutre sua meteórica subida nas pesquisas de intenção de voto é o apoio dos atuais governador e prefeito, explicitado numa contundência jamais vista em outras campanhas. Uma publicidade maciça e bem feita faz com que ele se aproxime da possibilidade de vencer a eleição ainda no primeiro turno. Sem entrar no mérito da receptividade de Aécio e Pimentel junto ao eleitorado, pode-se concluir que a percepção dos belorizontinos sobre o que está disponível como alternativa (os demais candidatos), transfere para Lacerda a avaliação positiva dos seus dois patrocinadores. Pouco importa o que ele fale (aliás, não fala nada), ou o teor de suas propostas (que são claras, pois diz, tão somente, que vai continuar o que está sendo feito há anos). É uma figura maleável que concorda com tudo e que proclama, com sorriso e postura angelical, sua devoção e fidelidade a Lula, a Aécio, a Pimentel, a Ciro Gomes, a Célio de Castro, a Patrus Ananias e a quem mais ele precisar se referir. Até a angulação corporal é estudada para transmitir humildade (olhando de baixo para cima como se a pedir desculpas e mercês, com o queixo embarbichado colado ao peito). Sua imagem é reforçada pela generosidade pois teria distribuído parte do dinheiro da venda de uma de suas empresas para os empregados). Todo esforço publicitário é para dizer que Lacerda é um homem bom, humilde e trabalhador, com experiência em servir – verbo fundamental – ao presidente, ao governador e, agora, ao povo da capital, se este assim o permitir, no próximo dia cinco de outubro. Em suma, os “pais” de Lacerda infantilizam a população achando que somos todos um bando de patetas e, talvez, até tenham razão.
3) A campanha de alguns, como o Serjão Miranda, perde-se em clippings publicitários (com falas de populares e outros), desperdiçando precioso tempo de televisão e de rádio. Estas criações só servem para encher lingüiça de quem tem muito tempo disponível.
4) O caminho para a oposição, em vista destas pequenas reflexões, é simples: há que demolir Márcio Lacerda. Ele não tem luz própria para liderar a cidade nem tem as qualidades pessoais fundamentais de um homem público, dentre as quais brilha a honestidade em toda sua ampla concepção (valor caro a uma boa parcela da população, apesar do descrédito generalizado de todos os políticos). Quais deveriam ser os pontos a serem atacados?
1º.) Seu envolvimento com o maior escândalo já ocorrido no Brasil – o caso do “mensalão”, conforme denunciado por Marcos Valério publicamente. Este fato, por sinal, foi o que motivou sua saída do ministério da Integração Nacional, onde era Secretário-Executivo, ou vice-ministro de Ciro Gomes. Um homem enredado com dinheiros de má origem (como aqueles do mensalão), pode ser o gestor dos cinco bilhões do orçamento da PBH? Alguém votaria em Marcos Valério, apenas para ficar num dos outros nomes mais notórios, para ser tesoureiro de um condomínio ou para ser diretor financeiro de uma empresa onde o eleitor fosse acionista? E Márcio Lacerda, receberia, também, sua confiança ou um cheque em branco?
2º.) Sua participação na concepção e execução do projeto de transposição do rio São Francisco. Este malsinado projeto recebeu a condenação irrestrita de todos os mineiros (e, até, do governador Aécio), sendo considerado uma afronta aos direitos de todo o povo de Minas Gerais. Como pode uma pessoa que trabalhava contra os mineiros querer, agora, ser prefeito da capital do estado?
3º.) Seus obscuros vínculos com a ditadura militar que permitiram a ele se enriquecer prodigiosamente. Se ele tivesse sido, realmente, um perseguido político, não teria se transformado num dos grandes fornecedores do sistema de telefonia governamental. Fazer, agora, pose de injustiçado pelos milicos só engana a quem quer ser enganado. Negócios com empresas públicas só são feitos quando se tem bons “padrinhos” e sólidas relações políticas. Atualmente, conforme se pode deduzir de sua declaração patrimonial entregue à justiça eleitoral ele vive de aplicações financeiras em poderoso banco estrangeiro – o UBS/Pactual. Para quem não conhece os meandros das altas finanças, isto significa que sua renda provém em grande parte da dívida pública, vale dizer, dos monumentais juros que o governo federal é obrigado a pagar para financistas e agiotas.
4º.) Sua alardeada generosidade (com distribuição entre os empregados de U$1,5 milhão de dólares, segundo diz sua propaganda), é contraditória com os débitos fiscais de uma de suas empresas com o poder público. Somente com a prefeitura de Belo Horizonte há um contencioso de milhares de reais, conforme atesta ação de execução fiscal no Foro da Capital. Quer dizer, a doação de dinheiro aos ex-empregados se fez, mesmo, às expensas da população, ou dos cofres públicos, numa verdadeira mesura com chapéu alheio. E se ele, por acaso, se eleger prefeito? Vai pagar o que deve, que foi sonegado, ou vai cancelar a dívida ajuizada pela prefeitura? Esta dúvida moral é perfeitamente legítima de ser levantada. Estas são questões concretas que têm passado ao largo da campanha de Belo Horizonte e que precisam ser corretamente respondidas pelo pretendente.
4) Uma trombada desta magnitude poderia provocar uma tsunami política e eleitoral. Algo como jogar bosta no ventilador, sem garantia de que os benefícios seriam apropriados, necessariamente, pelo denunciante. Desmascarar o candidato oficial, entretanto, deve ser parte de uma proposta de governo assentada sobre valores fundamentais para a boa política, em conformidade com as maiores autoridades do judiciário. Pois não está o TSE fazendo firme pregação sobre a importância do voto consciente? Não está sendo propagado na TV um conjunto de filmetes defendendo uma postura crítica do cidadão? Não propala o próprio governo estadual sobre a relevância de se denunciar crimes e criminosos? Pois bem: os atos de Márcio Lacerda representam um tipo de delinqüência política que cabe repudiar. Nada pessoal, pode dizer-se. O importante é que o esclarecimento sobre as mistificações e as fraudes precisa ser tornado público antes da decisão eleitoral. Isto feito, no horário gratuito da TV (pois a imprensa jamais daria guarida a questionamentos deste tipo), dar-se-ia um nó no governador e no prefeito, que seriam obrigados a sair em defesa de Márcio Lacerda ou, então, a se calar pressionados pelo clamor ético. Pois como explicar o apoio a um homem com qualidades e histórico tão duvidosos? A população vem aceitando a imposição tácita de seu nome por não ver nele nada de reprovável. Este desvelar, ou para usar velho adágio popular, este destampar do pinico, pode obrigar o eleitor a se reposicionar no processo. Não dá para fazer isto que está sendo proposto de uma forma bem comportada. É um tiro de canhão com efeitos desmoralizantes. Gente sem credibilidade não pode ter esta ousadia. E, afinal, de contas, onde já se viu política bem comportada? O PT, para ficar num exemplo óbvio, sempre praticou o estilo “chute na canela”. E querem, agora, ser afagados? A ousadia – e isto é um truísmo vulgar - é inseparável da vitória. Chamar Márcio Lacerda a dar explicações, principalmente em entrevistas aos meios de comunicação, vai deixá-lo em má situação, em vista de suas notórias dificuldades de enfrentamento. Sua medíocre participação no debate da TV Bandeirantes é uma amostra de sua incapacidade e falta de jogo de cintura.
5) Mas poderás tu, meu irmão e meu companheiro, vaso do mesmo barro, agir como aconselhava Teodoro (n’ O Mandarim, de Eça)? Que dizia: só bem sabe o pão que ganha o suor de teu rosto; nunca mates o mandarim! Serás tu capaz de “matar” politicamente o Lacerda? Até agora a propaganda do homem tem dado um passeio nos concorrentes. E veja que ela está sendo potencializada, indiretamente, pela propaganda do governo de Minas, que não deixou de ser feita mesmo durante o período eleitoral. Convenhamos que é impossível fazer uma contra-propaganda, até por falta de meios materiais. Mas um desmonte da imagem do Márcio Lacerda, apelando para fatos que não possam sofrer contestações judiciais, vai neutralizar o efeito do apoio do governador e do prefeito. Se a população é conservadora – e os fatos e os números parecem confirmar isto – por que não apelar para a faceta moral, que é parte indissociável do conservadorismo? Em suma, você votaria num candidato a prefeito envolvido no escândalo do mensalão? O atual prefeito tem entre seus “assessores especiais” outro dos nomes que apareceram como recebedores das malas de dinheiro de Marcos Valério, o carequinha safado – um tal de Rodrigo Barroso, ex-secretário municipal da Cultura e ex-presidente da Fundação Municipal da Cultura de Belo Horizonte e, também, apoiador da campanha de Pimentel em 2004. Quando o escândalo explodiu trataram de tirá-lo da linha de fogo e colocá-lo nesta “assessoria especial”. Outra vez pergunto: você votaria num candidato a prefeito que, contrariando todos os mineiros, coordenava o projeto de transposição do rio São Francisco? Mais uma pergunta para finalizar: você votaria num candidato a prefeito que estivesse sendo executado por sonegação fiscal pela própria prefeitura que ele quer assumir? Um candidato com este perfil conseguirá estabelecer compromissos aceitáveis com nossa cidade? Alguém pode confiar que Belo Horizonte estará em boas mãos se Lacerda for prefeito? Colocar R$5 bilhões nas mãos de uma pessoa com este passado não é um risco que não se deve correr?
6) Ponto importante que não deve ser negligenciado é que as pesquisas estão captando muito mais intenção de voto que decisão de voto. Isto é o que explica a subida meteórica do Márcio Lacerda com apenas duas semanas de campanha pela mídia. Ele precisa receber um tiro na asa. Ainda há tempo para isto. A própria “indefinição” da maioria do eleitorado durante tanto tempo mostra esta possibilidade.
2) A campanha, até aqui, mais bem sucedida é a do candidato Márcio Lacerda. O que nutre sua meteórica subida nas pesquisas de intenção de voto é o apoio dos atuais governador e prefeito, explicitado numa contundência jamais vista em outras campanhas. Uma publicidade maciça e bem feita faz com que ele se aproxime da possibilidade de vencer a eleição ainda no primeiro turno. Sem entrar no mérito da receptividade de Aécio e Pimentel junto ao eleitorado, pode-se concluir que a percepção dos belorizontinos sobre o que está disponível como alternativa (os demais candidatos), transfere para Lacerda a avaliação positiva dos seus dois patrocinadores. Pouco importa o que ele fale (aliás, não fala nada), ou o teor de suas propostas (que são claras, pois diz, tão somente, que vai continuar o que está sendo feito há anos). É uma figura maleável que concorda com tudo e que proclama, com sorriso e postura angelical, sua devoção e fidelidade a Lula, a Aécio, a Pimentel, a Ciro Gomes, a Célio de Castro, a Patrus Ananias e a quem mais ele precisar se referir. Até a angulação corporal é estudada para transmitir humildade (olhando de baixo para cima como se a pedir desculpas e mercês, com o queixo embarbichado colado ao peito). Sua imagem é reforçada pela generosidade pois teria distribuído parte do dinheiro da venda de uma de suas empresas para os empregados). Todo esforço publicitário é para dizer que Lacerda é um homem bom, humilde e trabalhador, com experiência em servir – verbo fundamental – ao presidente, ao governador e, agora, ao povo da capital, se este assim o permitir, no próximo dia cinco de outubro. Em suma, os “pais” de Lacerda infantilizam a população achando que somos todos um bando de patetas e, talvez, até tenham razão.
3) A campanha de alguns, como o Serjão Miranda, perde-se em clippings publicitários (com falas de populares e outros), desperdiçando precioso tempo de televisão e de rádio. Estas criações só servem para encher lingüiça de quem tem muito tempo disponível.
4) O caminho para a oposição, em vista destas pequenas reflexões, é simples: há que demolir Márcio Lacerda. Ele não tem luz própria para liderar a cidade nem tem as qualidades pessoais fundamentais de um homem público, dentre as quais brilha a honestidade em toda sua ampla concepção (valor caro a uma boa parcela da população, apesar do descrédito generalizado de todos os políticos). Quais deveriam ser os pontos a serem atacados?
1º.) Seu envolvimento com o maior escândalo já ocorrido no Brasil – o caso do “mensalão”, conforme denunciado por Marcos Valério publicamente. Este fato, por sinal, foi o que motivou sua saída do ministério da Integração Nacional, onde era Secretário-Executivo, ou vice-ministro de Ciro Gomes. Um homem enredado com dinheiros de má origem (como aqueles do mensalão), pode ser o gestor dos cinco bilhões do orçamento da PBH? Alguém votaria em Marcos Valério, apenas para ficar num dos outros nomes mais notórios, para ser tesoureiro de um condomínio ou para ser diretor financeiro de uma empresa onde o eleitor fosse acionista? E Márcio Lacerda, receberia, também, sua confiança ou um cheque em branco?
2º.) Sua participação na concepção e execução do projeto de transposição do rio São Francisco. Este malsinado projeto recebeu a condenação irrestrita de todos os mineiros (e, até, do governador Aécio), sendo considerado uma afronta aos direitos de todo o povo de Minas Gerais. Como pode uma pessoa que trabalhava contra os mineiros querer, agora, ser prefeito da capital do estado?
3º.) Seus obscuros vínculos com a ditadura militar que permitiram a ele se enriquecer prodigiosamente. Se ele tivesse sido, realmente, um perseguido político, não teria se transformado num dos grandes fornecedores do sistema de telefonia governamental. Fazer, agora, pose de injustiçado pelos milicos só engana a quem quer ser enganado. Negócios com empresas públicas só são feitos quando se tem bons “padrinhos” e sólidas relações políticas. Atualmente, conforme se pode deduzir de sua declaração patrimonial entregue à justiça eleitoral ele vive de aplicações financeiras em poderoso banco estrangeiro – o UBS/Pactual. Para quem não conhece os meandros das altas finanças, isto significa que sua renda provém em grande parte da dívida pública, vale dizer, dos monumentais juros que o governo federal é obrigado a pagar para financistas e agiotas.
4º.) Sua alardeada generosidade (com distribuição entre os empregados de U$1,5 milhão de dólares, segundo diz sua propaganda), é contraditória com os débitos fiscais de uma de suas empresas com o poder público. Somente com a prefeitura de Belo Horizonte há um contencioso de milhares de reais, conforme atesta ação de execução fiscal no Foro da Capital. Quer dizer, a doação de dinheiro aos ex-empregados se fez, mesmo, às expensas da população, ou dos cofres públicos, numa verdadeira mesura com chapéu alheio. E se ele, por acaso, se eleger prefeito? Vai pagar o que deve, que foi sonegado, ou vai cancelar a dívida ajuizada pela prefeitura? Esta dúvida moral é perfeitamente legítima de ser levantada. Estas são questões concretas que têm passado ao largo da campanha de Belo Horizonte e que precisam ser corretamente respondidas pelo pretendente.
4) Uma trombada desta magnitude poderia provocar uma tsunami política e eleitoral. Algo como jogar bosta no ventilador, sem garantia de que os benefícios seriam apropriados, necessariamente, pelo denunciante. Desmascarar o candidato oficial, entretanto, deve ser parte de uma proposta de governo assentada sobre valores fundamentais para a boa política, em conformidade com as maiores autoridades do judiciário. Pois não está o TSE fazendo firme pregação sobre a importância do voto consciente? Não está sendo propagado na TV um conjunto de filmetes defendendo uma postura crítica do cidadão? Não propala o próprio governo estadual sobre a relevância de se denunciar crimes e criminosos? Pois bem: os atos de Márcio Lacerda representam um tipo de delinqüência política que cabe repudiar. Nada pessoal, pode dizer-se. O importante é que o esclarecimento sobre as mistificações e as fraudes precisa ser tornado público antes da decisão eleitoral. Isto feito, no horário gratuito da TV (pois a imprensa jamais daria guarida a questionamentos deste tipo), dar-se-ia um nó no governador e no prefeito, que seriam obrigados a sair em defesa de Márcio Lacerda ou, então, a se calar pressionados pelo clamor ético. Pois como explicar o apoio a um homem com qualidades e histórico tão duvidosos? A população vem aceitando a imposição tácita de seu nome por não ver nele nada de reprovável. Este desvelar, ou para usar velho adágio popular, este destampar do pinico, pode obrigar o eleitor a se reposicionar no processo. Não dá para fazer isto que está sendo proposto de uma forma bem comportada. É um tiro de canhão com efeitos desmoralizantes. Gente sem credibilidade não pode ter esta ousadia. E, afinal, de contas, onde já se viu política bem comportada? O PT, para ficar num exemplo óbvio, sempre praticou o estilo “chute na canela”. E querem, agora, ser afagados? A ousadia – e isto é um truísmo vulgar - é inseparável da vitória. Chamar Márcio Lacerda a dar explicações, principalmente em entrevistas aos meios de comunicação, vai deixá-lo em má situação, em vista de suas notórias dificuldades de enfrentamento. Sua medíocre participação no debate da TV Bandeirantes é uma amostra de sua incapacidade e falta de jogo de cintura.
5) Mas poderás tu, meu irmão e meu companheiro, vaso do mesmo barro, agir como aconselhava Teodoro (n’ O Mandarim, de Eça)? Que dizia: só bem sabe o pão que ganha o suor de teu rosto; nunca mates o mandarim! Serás tu capaz de “matar” politicamente o Lacerda? Até agora a propaganda do homem tem dado um passeio nos concorrentes. E veja que ela está sendo potencializada, indiretamente, pela propaganda do governo de Minas, que não deixou de ser feita mesmo durante o período eleitoral. Convenhamos que é impossível fazer uma contra-propaganda, até por falta de meios materiais. Mas um desmonte da imagem do Márcio Lacerda, apelando para fatos que não possam sofrer contestações judiciais, vai neutralizar o efeito do apoio do governador e do prefeito. Se a população é conservadora – e os fatos e os números parecem confirmar isto – por que não apelar para a faceta moral, que é parte indissociável do conservadorismo? Em suma, você votaria num candidato a prefeito envolvido no escândalo do mensalão? O atual prefeito tem entre seus “assessores especiais” outro dos nomes que apareceram como recebedores das malas de dinheiro de Marcos Valério, o carequinha safado – um tal de Rodrigo Barroso, ex-secretário municipal da Cultura e ex-presidente da Fundação Municipal da Cultura de Belo Horizonte e, também, apoiador da campanha de Pimentel em 2004. Quando o escândalo explodiu trataram de tirá-lo da linha de fogo e colocá-lo nesta “assessoria especial”. Outra vez pergunto: você votaria num candidato a prefeito que, contrariando todos os mineiros, coordenava o projeto de transposição do rio São Francisco? Mais uma pergunta para finalizar: você votaria num candidato a prefeito que estivesse sendo executado por sonegação fiscal pela própria prefeitura que ele quer assumir? Um candidato com este perfil conseguirá estabelecer compromissos aceitáveis com nossa cidade? Alguém pode confiar que Belo Horizonte estará em boas mãos se Lacerda for prefeito? Colocar R$5 bilhões nas mãos de uma pessoa com este passado não é um risco que não se deve correr?
6) Ponto importante que não deve ser negligenciado é que as pesquisas estão captando muito mais intenção de voto que decisão de voto. Isto é o que explica a subida meteórica do Márcio Lacerda com apenas duas semanas de campanha pela mídia. Ele precisa receber um tiro na asa. Ainda há tempo para isto. A própria “indefinição” da maioria do eleitorado durante tanto tempo mostra esta possibilidade.
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