A caverna já foi usada como alegoria em diferentes ocasiões. Platão retratou com ela a dificuldade de se conhecer o real. Posto no fundo da caverna, o homem só via as sombras dos objetos exteriores, nunca os próprios objetos. Menos afeitos à metafísica, porém com grande sutileza, os antigos fabuladores orientais referiram-se a ela como um lugar ideal para servir de valhacouto de ladrões, tal como consta no relato da famosa aventura de Ali Babá. Quando para ela adentrava, após os saqueios habituais, o bando de larápios contemplava a fortuna acumulada e costumava, então, promover a divisão do butim amealhado de forma vil. Se, por acaso, ocorresse alguma divergência entre eles, certamente não era por razões mais nobres, ou por alguma filigrana ideológica. Na caverna de Ali Babá que, aliás, nada tinha a ver com os ladrões (ele tão somente furtou o que os outros tinham roubado, após descobrir a palavra mágica que abria a porta dos tesouros), só havia, portanto, divergências materiais e financeiras. Até porque o ideário comum de todos aqueles patifes era um só, muito similar ao que ocorre em outras cavernas pelo mundo afora: morder o dinheiro alheio e enricar o máximo possível.
Veja-se, por exemplo, o caso de Belo Horizonte. A turma do mensalão – aquela mesma que foi flagrada há algum tempo atrás saqueando o tesouro público – transformou a prefeitura da capital mineira em uma grande caverna. Presentemente brigam entre si, tal qual faziam seus similares da velha história das 1001 Noites, para saber quem vai comandar a caverna da Av. Afonso Pena. Ou, então, como os sapos que ficam nos brejos a cantar: “meu sapo foi rei”, gritam uns; “Foi, não foi”. “Meu sapo é rei” esgoelam-se outros; “É, não é”, num coaxar estridente que avança pela noite afora. Sem qualquer violentação aos fatos, o que está ocorrendo com os mensaleiros municipais, estaduais e federais, vinculados ao PT e partidos satélites, sob os olhos de uma cidade perplexa, é uma disputa inglória, não em defesa dos cidadãos, mas, sim, para saber quem vai assumir a boquinha e comandar o saqueio que a capital mineira sofre há uma década e meia. Um conchavo espúrio e vergonhoso entre caciques que consideram o povo de Belo Horizonte um bando de otários primitivos, tangidos facilmente por propaganda maciça, esmolas e obras cosméticas que mal arranham as grandes demandas da cidade.
Uma comparação com outras grandes cidades brasileiras mostra o medíocre desempenho dos governantes municipais no que se refere a obras estruturantes e grandes obras viárias. No Rio de Janeiro, em Salvador, em São Paulo etc. as intervenções urbanas foram, e tem sido, de grande alcance. Em Belo Horizonte, não! Aqui, os aduladores de todos os governos não fazem mais que incensar as medíocres realizações cujo porte dá a medida exata de seus executores.
Veja-se, por exemplo, o caso de Belo Horizonte. A turma do mensalão – aquela mesma que foi flagrada há algum tempo atrás saqueando o tesouro público – transformou a prefeitura da capital mineira em uma grande caverna. Presentemente brigam entre si, tal qual faziam seus similares da velha história das 1001 Noites, para saber quem vai comandar a caverna da Av. Afonso Pena. Ou, então, como os sapos que ficam nos brejos a cantar: “meu sapo foi rei”, gritam uns; “Foi, não foi”. “Meu sapo é rei” esgoelam-se outros; “É, não é”, num coaxar estridente que avança pela noite afora. Sem qualquer violentação aos fatos, o que está ocorrendo com os mensaleiros municipais, estaduais e federais, vinculados ao PT e partidos satélites, sob os olhos de uma cidade perplexa, é uma disputa inglória, não em defesa dos cidadãos, mas, sim, para saber quem vai assumir a boquinha e comandar o saqueio que a capital mineira sofre há uma década e meia. Um conchavo espúrio e vergonhoso entre caciques que consideram o povo de Belo Horizonte um bando de otários primitivos, tangidos facilmente por propaganda maciça, esmolas e obras cosméticas que mal arranham as grandes demandas da cidade.
Uma comparação com outras grandes cidades brasileiras mostra o medíocre desempenho dos governantes municipais no que se refere a obras estruturantes e grandes obras viárias. No Rio de Janeiro, em Salvador, em São Paulo etc. as intervenções urbanas foram, e tem sido, de grande alcance. Em Belo Horizonte, não! Aqui, os aduladores de todos os governos não fazem mais que incensar as medíocres realizações cujo porte dá a medida exata de seus executores.
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