segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Olavo de Carvalho e Santo Thomas Morus

O ilustre pensador Olavo de Carvalho é conhecido, também, por suas irreverências e uso de linguagem obscena.
Em seu favor pode-se avocar o exemplo de Santo Thomas Morus, mártir da Igreja , beatificado por Leão XIII, em 1886, e canonizado por Pio XI, em 1935.

Em sua célebre "Responsio ad Lutherum", o padroeiro dos intelectuais e dos professores questiona  o monge alemão por sua contestação a um tratado teológico de autoria de Henrique VIII, rei da Inglaterra. Além de usar os mais chocantes palavrões disponíveis, repete-os e, ainda, os floreia.

A justificativa dada por Morus para o emprego da linguagem chula  foi simples: responder com puras contestações eruditas à baixeza de Lutero seria conceder-lhe uma honra imerecida, motivo que o levou, então, a fazê-lo nos termos a seguir.

"Enquanto continuardes a dizer essas desavergonhadas mentiras, a outros será permitido que joguem de volta na vossa boca cheia de merda, verdadeiro depósito de toda merda, a sujeira e merda inteira que vossa execrável podridão vomitou, e esvaziar todos os esgotos e privadas na vossa coroa despida da dignidade da coroa  sacerdotal, em prejuízo da qual decidistes bancar o palhaço". 

Para maiores informações, vale a pena consultar, no original, os textos do iracundo santo.

(The complete works of St. Thomas More, ed. John M. Headley, vol. V, New Haven: Yale University Press, 1969, pag. 181 ss.) 

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