terça-feira, 31 de março de 2015

Tarasca

A Tarasca era uma “espécie de dragão com seis curtas patas parecidas às de um urso, um torso similar ao de um boi com uma carapaça de tartaruga às costas e uma escamosa cauda que terminava num aguilhão de escorpião. A cabeça era descrita como a de um leão com orelhas de cavalo e uma desagradável expressão”. Faltou dizer que a pata dianteira esquerda do monstro carecia do dedo mindinho. Seria, contudo, extraordinária coincidência se tal fato incidental tivesse acontecido.


Tarasca mitológica













Em homenagem a tão pavorosa criatura, o povo das Minas Gerais apelidou de Tarasca à Comissão Executiva do antigo Partido Republicano Mineiro, entidade criada, ainda nos tempos do Império, que sobreviveu até os anos 30 do século passado.

Muitos pensavam que a truculenta Tarasca estaria morta, expressão que era de uma organização extinta. O Brasil, no entanto, tem uma natureza singular. Certas instituições parecem renascer, não das cinzas, como a mitológica Fênix, mas da fermentada lata de lixo da história, onde jazem em ebulição os detritos do patrimonialismo e do coronelismo.


Em recente reunião realizada na cidade de São Paulo (30/03/2015), a direção do PT mostrou, pelo diagnóstico do Brasil apresentado, e pelas absurdas decisões tomadas, que baixou nela o espírito da velha Tarasca. Aliás, justiça seja feita, o semblante da turma é totalmente coerente com a imagem do monstrengo. 


A Tarasca do PT

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