quarta-feira, 9 de maio de 2012

Discurso de Lula ou de Goebbels?

É claro que o discurso é de Goebbels. Mas Luiz Inácio da Silva e seus pensadores não fariam pior. Eles poderiam mesmo plagiar sem dificuldades o que vai abaixo escrito. O "movimento Nacional Socialista" soa, aos ouvidos de hoje, algo parecido com o MST. Aliás, não por acaso o partido nazista tinha o nome oficial de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Já os judeus daquela época são os mesmos judeus de hoje. O jargão se alterou um pouco: de imprensa e rádio passou-se à expressão Mídia.
A natureza totalitária, entretanto, como um cacoete imutável, flui naturalmente com idêntica ferocidade. Três meses depois do discurso de Goebbels, em maio, os nazistas deram seu primeiro espetáculo público em homenagem às suas concepções: promoveram gigantesca queima de livros, em Berlim, de autores como Thomas Mann, Freud, Einstein, Kafka e outros renegados. A imitação cabocla, sob a liderança de uma professora membro do Conselho Nacional de Educação fez sua parte. Em março de 2010 transformou em cinzas, em plena avenida Paulista, na cidade de São Paulo, livros variados vistos como símbolos do mal. Piromaníacos que queimam livros mudam de alvo facilmente, e começam depois a queimar pessoas. Esta última observação é de Heine, grande poeta alemão, em 1843, em lúcida profecia.

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"Quando a imprensa judaica reclama que o movimento Nacional Socialista tem a permissão de falar em todas as rádios alemãs por causa de seu chanceler, podemos responder que só estamos fazendo o que vocês sempre fizeram no passado. (…)

Há alguns anos, não falávamos da boca pra fora quando dizíamos que vocês, judeus, são nossos professores e que só queremos ser seus alunos e aprender com vocês. Além disso, é preciso esclarecer que aquilo que esses senhores conseguiram no terreno da política de propaganda durante os últimos 14 anos foi realmente uma porcaria. Apesar de eles controlarem os meios de comunicação, tudo o que conseguiram fazer foi encobrir os escândalos parlamentares, que eram inúteis para formar uma nova base política. (…)

Se hoje a imprensa judaica acredita que pode fazer ameaças veladas contra o movimento Nacional-Socialista e acredita que pode burlar nossos meios de defesa, então, não deve continuar mentindo. Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas! (…)

E se outros jornais judeus acham que podem, agora, mudar para o nosso lado com as suas bandeiras, então só podemos dar uma resposta: “Por favor, não se dêem ao trabalho! (...)

Esta insolência judaica tem mais passado do que terá futuro. Em pouco tempo, ensinaremos os senhores da Karl Liebnecht Haus [sede do Partido Comunista], o que é a morte, como nunca aprenderam antes. Eu só queria acertar as contas com os [nossos] inimigos na imprensa e com os partidos inimigos e dizer-lhes pessoalmente o que quero dizer em todas as rádios alemãs para milhões de pessoas".

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São trechos do discurso que Goebbels fez em Berlim no dia 10 de fevereiro de 1933.

(Transcrito do blog do Reinaldo Azevedo, de 9-05-2010)

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