quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O MST E AS LARANJAS

A mais recente destruição de laranjais feita pelo MST, em São Paulo, lembra os desatinos dos destruidores de máquinas ocorridos nos primórdios da Revolução Industrial. Alguns acham, de maneira equivocada, que atos deste tipo configuram um comportamento revolucionário e, até, digno de louvor. Ledo engano! Não por acaso, o próprio Marx referia-se a este tipo de gente que barbarizou as plantações de laranjas como a “idiotia rural” ou, no mínimo, de lumpesinato. Porém, mais espantoso que a queda é o coice subseqüente. Intelectuais respeitáveis não se pejam em justificar aqueles comportamentos com a alegação pueril de que o MST fez o que fez para trocar a lavoura de laranja pelo feijão, “alimento consumido diariamente pelos brasileiros”. Este pretenso argumento daria ao indefensável uma absolvição, como se estes profissionais da destruição construíssem ou plantassem alguma coisa. Quem se der ao trabalho de visitar acampamentos e/ou assentamentos do tal “movimento” verá que a maioria não planta sequer um pé de couve. As imagens que divulgam, com gente segurando enxadas, servem, tão somente, para fins de propaganda. Suas lideranças (coerentemente com os que se dizem representar), pouco afeitas que são ao trabalho duro, costumam ter as mãos tão macias como as de uma dama ociosa. Escassos são os que, de fato, trabalham e produzem alguma coisa, conforme mostrou pesquisa do IBOPE recentemente divulgada.

Tudo é tão ridículo que nem autoridades do governo atual – sabidamente articuladas e obedientes às palavras de ordem do MST – conseguiram encontrar alguma razão aceitável para os atos de vandalização testemunhados por todo o Brasil. O MST é, de fato e no seu âmago, um partido agrário clandestino devotado a fazer uma revolução política (seu modelo ideal parece ser o Camboja de Pol Pot, cujos celerados assassinaram um milhão de pessoas enquanto constrangiam-nas – no estilo de praxe - a irem para o campo “plantar um feijãozinho”). Sem perder sua identidade e seu projeto específico a imensa turba sob o comando de Stédile opera, tática e provisoriamente, como braço armado do PT, dentro da estratégia leninista de dualidade do poder. A natureza totalitária de ambos os agrupamentos – PT e MST - os aproxima, assim, de partidos similares que existem, ou já existiram, em outras partes do mundo (Nazistas, Comunistas, Chavistas, Maoístas e outros com diferentes denominações locais). O reacionarismo intrínseco e a explícita militância contra a modernidade fazem do MST, e seus simpatizantes, defensores de um estilo de vida que caberia bem na Idade Média (talvez algo parecido com os falanstérios de Fourier). E claro, todos sob as bênçãos generosas da Santa Madre e sua Pastoral da Guerra. Afinal, onde há atraso lá estará a Igreja. Que Deus se apiede deles, e de nós, também!

Nenhum comentário: