segunda-feira, 8 de junho de 2009

PETROBRÁS: EU TENHO A FORÇA!

A PETROBRÁS - uma das "oito irmãs" - vai confirmando nos seus atos tudo aquilo que muitos estudiosos vêm denunciando há décadas sobre o poder das transnacionais. Estas gigantescas estruturas econômicas e políticas ultrapassam a dimensão clássica dos estados-nações. Agindo segundo uma lógica que lhes é peculiar, constituem uma rede tentacular espalhada pelo planeta. Buscam o controle estratégico da vida social, produtiva e espiritual daqueles que se encontram sob seu jugo. Potencializada por um partido político de natureza totalitária (como é o caso do PT), a PETROBRÁS tem como remota referência aquilo que foi a Krupp para a Alemanha nazista. Ela, com efeito, não é um estado dentro de um estado como muitos imaginam. Ela configura, isto sim, a nova verdadeira ordem internacional em que o estado tradicional é, tão somente, uma extensão dos desígnios destas predadoras organizações. O estado brasileiro, portanto, é que se encontra "aparelhado" pela PETROBRÁS e, não, o seu contrário.

Prepara-se o polvo (designação que era aplicada antigamente a empresas como a ESSO e a SHELL), para o exercício de mais uma ousada manobra, similar ao que fizeram as petroleiras americanas ao patrocinarem a eleição de George W. Bush como presidente dos Estados Unidos. Aliás, vão um pouco além. Buscam ocupar a direção do partido político hegemônico no Brasil - o PT - através de um dos seus quadros dirigentes, quer dizer, um diretor da PETROBRÁS. Com a ajuda dos bilionários fundos de pensão de empresas estatais, ou para-estatais, pretende o polvo caboclo reduzir o processo político brasileiro a uma mera assembléia de acionistas com as cartas previamente marcadas. A configuração do novo "politburo" desta nova máquina de poder vai-se desenhando lenta, porém, inexoravelmente. O próprio Lula reconheceu numa de suas falas destrambelhadas que aspirava ser, quando terminar o seu mandato, o futuro presidente da PETROBRÁS. Apesar de toda grossura, canastrice e inconveniências que protagoniza no dia-a-dia, não se pode deixar de reconhecer que Lula tem clareza sobre o real sistema de poder vigente no Brasil. Não por acaso se curvou a aceitar que a manda-chuva do Conselho de Administração da PETROBRÁS - Dona Dilma - se tornasse a candidata oficial do PT nas eleições de 2010.

Roberto Campos chamava a PETROBRÁS de "petrossauro". O antigo senador de Mato Grosso, no entanto, equivocou-se redondamente. Imaginava que a empresa fosse uma espécie de fóssil vivo que ficara à margem da história e que estaria condenada à extinção natural. Mas ela é, de fato, um mutante, um espantoso mutante qual um Alien dos filmes de ficção científica. Um mutante que vai de maneira implacável se apossando e se assenhoreando deste País tropical abençoado por Deus. Seus ovos envenenados já se encontram em todos os nichos da vida coletiva. Qualquer hora dessas que ainda estão por vir uma resolução de Diretoria, ou um simples ato administrativo demite o Congresso e fecha o Supremo Tribunal Federal. Triste perspectiva para o povo Brasileiro ter que depositar suas esperanças na coragem e na escassa competência do "Esqueleto" para enfrentar um He-man enlouquecido pela volúpia de poder.

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