quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O TAPADO E A ESCOLHIDA

O lulismo, após devastar o país por oito anos, ameaça-nos com uma sucessora que representaria a síntese perfeita da horda aglutinada em torno do PT: a mãe, como quer Lula, ou sacerdotisa, como quer Sarney, do tal PAC. Oscilando entre qual seria a melhor escolha entre os dois papéis (ridículos ambos, por sinal), talvez chegue ela à conclusão que o ideal é ser conhecida como rainha do PAC (tal qual Emilinha, Marlene, Roberto Carlos e Pelé etc.), todos eles reis ou rainhas de alguma coisa: do rádio, da marinha, da música brega ou do futebol. Poder-se-ia fazer um teste se transformando em rainha do carnaval no lugar de Luma de Oliveira. Seria, no mínimo, apoteótico desfilar pela Mangueira como destaque do enredo histórico “A volta por cima dos adeptos da guerrilha pelo caminho luminoso dos fundos de pensão”. O biótipo da madame (pouco favorável ao rebolado, no entanto, bem como a aparente falta de traquejo festivo), recomendaria cautelas quanto ao lugar a ser ocupado no desfile da Sapucaí.

Egressa de um dos grupos guerrilheiros mais extremados dentre os que atuaram no Brasil nos anos 60 e 70 do século passado, dona Dilma Roussef apresenta credenciais, no mínimo, assustadoras para o desempenho do cargo de presidente da república. Afinal de contas, uma pessoa que manipulou bombas e outras armas, ou seja, mostrou-se capaz de matar um semelhante de maneira deliberada para implantar um regime ditatorial igual ao da China, Coréia do Norte, Rússia e Cuba, possuiria equilíbrio emocional e estofo espiritual para dirigir milhões de brasileiros? Sua falta de flexibilidade, constatada no discurso pesado e na rigidez conceitual, sinaliza para uma dificuldade política quase que insuperável dentro do seu partido, cevado nas boquinhas e em formas pouco ortodoxas de amealhar recursos (basta ver o exemplo do mensalão). Permitiria ela a continuidade da farra a que a “sofisticada quadrilha” se acostumou, de saquear os recursos públicos? Daria continuidade à parceria com a banca que garante à agiotagem nacional e internacional a bagatela de R$180 bilhões ao ano, ou aproximadamente R$1 mil reais de todos os cidadãos brasileiros? Este último valor, observe-se, é praticamente o mesmo que é pago de bolsa família aos pobres e miseráveis durante um ano. Quer dizer, quem trabalha no Brasil, afora sustentar uma frondosa burocracia (via impostos escorchantes), ainda tem que enricar banqueiros e amparar desvalidos através da caridade pública. Dona Dilma vai manter este esquema ou vai querer repassar toda a grana para a “nova classe” governante, composta dos gulosos patrícios do seu partido? Seu jeitão não parece favorecer os poderosos agiotas. Provavelmente outro nome será ungido ao final. Tudo aponta para um nordestino, muito mais jeitoso. O nome do tapado, como diziam os mexicanos, e bem no estilo James Bond, é Wagner, Jaques Wagner!

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