Márcio Lacerda não perde a oportunidade de nos lembrar o que somos: bananas. Não é qualquer banana, não. Somos bananas daquelas de tostão, daquelas bem vagabundas que são vendidas na xepa das feiras livres. Em recente entrevista ao jornal HOJE EM DIA o homem da rima (que rima! Meu Deus, que rima rica seu nome propicia!), perdeu as estribeiras e falou merda. Merda tão grande quanto à nossa dimensão bananosa. Em profética antecipação (pois atirou no que viu, ontem, e acertou no que não viu, hoje), Juca Chaves já dizia que...”lugar de feijão é na mesa, e Lacerda é em outro lugar...” Cada um imagine o lugar que bem lhe aprouver.
Pois bem, na referida entrevista o rimoso candidato a prefeito de Belo Horizonte assumiu seu lado hard, fugindo do script de bom moço que os publicitários lhe receitaram. Soltou os cachorros em cima da UFMG, corporação que em boa parte é petecana (quer dizer, vota no PT ou no PSDB). Como eles se ajuntaram num pacto meio anormal, vê-se que o tal Lacerda está cuspindo no prato que comeu. Ingratidão é um negócio muito feio, apesar de se saber que não há gratidão na vida política. E, para falar a verdade, nem em outras esferas da existência. Jesus, por exemplo, Ele, o próprio filho de Deus não recebeu o devido reconhecimento por parte dos doentes e estropiados que Ele curou. Consta no Evangelho que dois, apenas dois, voltaram para Lhe agradecer.
O lado mais hard ainda do Lacerda foi quando, na mesma entrevista, ele ameaçou dar porradas em quem divulgasse as verdades que ele não quer ver divulgadas. Parece que o espírito do general Figueiredo encostou nele. Prendo e arrebento, na inesquecível formulação de cavalariça. Lacerda deveria ter usado imagens mais coerentes consigo próprio (por exemplo, mandar andar na prancha, como nos filmes de piratas de capa e espada, em vista de seus vínculos com a navegação marítima, e as sutis afinidades com o capitão Gancho, também marinheiro). Sua valentia verbal, aliás, só se sustenta por andar cercado de guarda-costas. Assim, até eu. Com um bando de praticantes de artes marciais ao meu lado, eu também desafiaria a Deus e ao mundo. Napoleão já dizia, numa de suas mais famosas boutades que com baioneta pode-se fazer tudo; só não pode se assentar em cima delas.
Sangrando na veia da verdade, sente-se incomodado com o pipocar de denúncias que comprometem a origem lisa de sua grande fortuna: denúncias de sonegação de impostos em Belo Horizonte (em Betim, por sinal, um processo rigorosamente igual ao que a prefeitura da capital mineira está lhe movendo já foi julgado em instância final e o mesmo sonegador foi condenado - basta conferir o Recurso Especial 917751 no site do STJ); denúncias no PROCON, em São José dos Campos-SP; denúncias de apropriação de ações da Telebrás no Mato Grosso do Sul (cuja Assembléia Legislativas chegou a propor a abertura de CPI, abortada no Supremo por ação do sócio de Lacerda – o inefável Daniel Dantas); recebimento de propina do mensalão (conforme afirmou um dos trapaceiros envolvidos na negociata – o carequinha Marcos Valério, e constante nos autos de CPI promovida pelo Congresso Nacional), e vai por aí afora.
Quer dizer, uma figura, no mínimo, controvertida para ficar numa avaliação generosa. Seu passado de Secretário disto e daquilo (de Lula e de Aécio), posto em sua propaganda como aval de seu preparo para o cargo de prefeito, faz lembrar outra figura nefanda da política brasileira que tinha um perfil similar: Celso Pitta, ex-diretor da Casa da Moeda, ex-Secretário de Paulo Maluf e, também, jejuno de qualquer disputa eleitoral anterior quando se elegeu prefeito de São Paulo. Pitta era um negão de cara meio sonsa e olhos esbugalhados (postura estudada da milenar subserviência, numa humildade tão verdadeira quanto uma nota de três reais), arrebatou o eleitorado paulista e, depois, fez a merda que fez. Maluf, à época, fez como faz Aécio e Pimentel: dava garantia que Pitta seria o melhor prefeito de São Paulo e ainda oferecia como penhor o pedido de que, caso isso não acontecesse, o povo nunca mais deveria votar nele, Paulo Maluf. Este modelo Pitta/Lacerda, se vingar, vai transformar o Belo Horizonte num lixo político igual à capital de São Paulo. Há que se dar um basta nisto! Belo Horizonte é uma cidade prudente. Não vai correr este risco de virar uma sub-São Paulo.
Pois bem, na referida entrevista o rimoso candidato a prefeito de Belo Horizonte assumiu seu lado hard, fugindo do script de bom moço que os publicitários lhe receitaram. Soltou os cachorros em cima da UFMG, corporação que em boa parte é petecana (quer dizer, vota no PT ou no PSDB). Como eles se ajuntaram num pacto meio anormal, vê-se que o tal Lacerda está cuspindo no prato que comeu. Ingratidão é um negócio muito feio, apesar de se saber que não há gratidão na vida política. E, para falar a verdade, nem em outras esferas da existência. Jesus, por exemplo, Ele, o próprio filho de Deus não recebeu o devido reconhecimento por parte dos doentes e estropiados que Ele curou. Consta no Evangelho que dois, apenas dois, voltaram para Lhe agradecer.
O lado mais hard ainda do Lacerda foi quando, na mesma entrevista, ele ameaçou dar porradas em quem divulgasse as verdades que ele não quer ver divulgadas. Parece que o espírito do general Figueiredo encostou nele. Prendo e arrebento, na inesquecível formulação de cavalariça. Lacerda deveria ter usado imagens mais coerentes consigo próprio (por exemplo, mandar andar na prancha, como nos filmes de piratas de capa e espada, em vista de seus vínculos com a navegação marítima, e as sutis afinidades com o capitão Gancho, também marinheiro). Sua valentia verbal, aliás, só se sustenta por andar cercado de guarda-costas. Assim, até eu. Com um bando de praticantes de artes marciais ao meu lado, eu também desafiaria a Deus e ao mundo. Napoleão já dizia, numa de suas mais famosas boutades que com baioneta pode-se fazer tudo; só não pode se assentar em cima delas.
Sangrando na veia da verdade, sente-se incomodado com o pipocar de denúncias que comprometem a origem lisa de sua grande fortuna: denúncias de sonegação de impostos em Belo Horizonte (em Betim, por sinal, um processo rigorosamente igual ao que a prefeitura da capital mineira está lhe movendo já foi julgado em instância final e o mesmo sonegador foi condenado - basta conferir o Recurso Especial 917751 no site do STJ); denúncias no PROCON, em São José dos Campos-SP; denúncias de apropriação de ações da Telebrás no Mato Grosso do Sul (cuja Assembléia Legislativas chegou a propor a abertura de CPI, abortada no Supremo por ação do sócio de Lacerda – o inefável Daniel Dantas); recebimento de propina do mensalão (conforme afirmou um dos trapaceiros envolvidos na negociata – o carequinha Marcos Valério, e constante nos autos de CPI promovida pelo Congresso Nacional), e vai por aí afora.
Quer dizer, uma figura, no mínimo, controvertida para ficar numa avaliação generosa. Seu passado de Secretário disto e daquilo (de Lula e de Aécio), posto em sua propaganda como aval de seu preparo para o cargo de prefeito, faz lembrar outra figura nefanda da política brasileira que tinha um perfil similar: Celso Pitta, ex-diretor da Casa da Moeda, ex-Secretário de Paulo Maluf e, também, jejuno de qualquer disputa eleitoral anterior quando se elegeu prefeito de São Paulo. Pitta era um negão de cara meio sonsa e olhos esbugalhados (postura estudada da milenar subserviência, numa humildade tão verdadeira quanto uma nota de três reais), arrebatou o eleitorado paulista e, depois, fez a merda que fez. Maluf, à época, fez como faz Aécio e Pimentel: dava garantia que Pitta seria o melhor prefeito de São Paulo e ainda oferecia como penhor o pedido de que, caso isso não acontecesse, o povo nunca mais deveria votar nele, Paulo Maluf. Este modelo Pitta/Lacerda, se vingar, vai transformar o Belo Horizonte num lixo político igual à capital de São Paulo. Há que se dar um basta nisto! Belo Horizonte é uma cidade prudente. Não vai correr este risco de virar uma sub-São Paulo.
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