Pimentel e Aécio insistem. Querem por que querem recriar nos trópicos antiga tradição chinesa – a do mandarinato. Isto para não dizer que sua referência está mais próxima no tempo, vale dizer, o período negro do autoritarismo militar de triste memória. Pimentel e Aécio pretendem dispensar o povo da escolha do prefeito da capital mineira, tal como o fizeram os generais de antanho. Escolheram uma espécie de poste de rua, alguém sem luz própria e sem qualquer experiência eleitoral, para ser ungido como dirigente máximo da capitania belorizontina. Pretendem fazer uma experiência política passível de ser repetida mais à frente (quem sabe com um outro poste, agora federal, uma Dilma, por exemplo?). É aquela história: se der certo em Belo Horizonte, pode dar certo no Brasil. Conceitos como cidadania, fidelidade política e partidária, respeito às minorias etc., são jogados às traças pela atuação ousada do governador e do prefeito. Tiram do bolso do colete um nome de ocasião (para substituir o verdadeiramente preferido que era Walfrido dos Mares Guia, colocado fora de combate pelas próprias estripulias com o mensalão), e esperam a renúncia dos eleitores de Belo Horizonte ao seu direito de escolher uma liderança para a cidade.
Pimentel e Aécio subestimam os eleitores. Em 1996, o candidato situacionista à sucessão do então prefeito Patrus Ananias era o petista Virgílio Guimarães. E o candidato do Palácio da Liberdade era o tucano Amilcar Martins. Nenhum dos dois saiu vitorioso. Correndo por fora, ganhou a eleição daquele ano o Dr. Célio de Castro. É verdade que o Dr. BH, posteriormente, traiu seu eleitorado ao aderir ao esquema político do PT, mas isto é outra história. Pimentel, aliás, já convenceu à companheirada incrustrada na fabulosa máquina administrativa da Prefeitura que nada vai mudar para eles, com um cabeça de chapa vinculado a outro partido que não o PT. Numa eventual vitória do seu candidato – um tal de Márcio Lacerda - eles o engolem e, depois, vão digerindo aos poucos, como faz uma sucuri preguiçosa com sua presa, repetindo o que fizeram com o Dr. Célio. Apesar do esforço em inviabilizar alternativas para os eleitores da capital, Pimentel e Aécio podem ser surpreendidos pela rebeldia e senso de autonomia que marcam os mineiros.
Pimentel e Aécio subestimam os eleitores. Em 1996, o candidato situacionista à sucessão do então prefeito Patrus Ananias era o petista Virgílio Guimarães. E o candidato do Palácio da Liberdade era o tucano Amilcar Martins. Nenhum dos dois saiu vitorioso. Correndo por fora, ganhou a eleição daquele ano o Dr. Célio de Castro. É verdade que o Dr. BH, posteriormente, traiu seu eleitorado ao aderir ao esquema político do PT, mas isto é outra história. Pimentel, aliás, já convenceu à companheirada incrustrada na fabulosa máquina administrativa da Prefeitura que nada vai mudar para eles, com um cabeça de chapa vinculado a outro partido que não o PT. Numa eventual vitória do seu candidato – um tal de Márcio Lacerda - eles o engolem e, depois, vão digerindo aos poucos, como faz uma sucuri preguiçosa com sua presa, repetindo o que fizeram com o Dr. Célio. Apesar do esforço em inviabilizar alternativas para os eleitores da capital, Pimentel e Aécio podem ser surpreendidos pela rebeldia e senso de autonomia que marcam os mineiros.
Um comentário:
voce nao consegue enxergar nada de bom nessa aliança??????
Postar um comentário