A fauna planaltina incorporou mais um espécime à sua já vasta coleção. Pelo que informa um ilustre senador nordestino, aos porcos, baleias, ratos, lobos e inumeráveis aves de rapina junta-se, agora, uma galinha cacarejante, todos sob o comando geral de um poderoso bicho-preguiça. O Senador Mão Santa teve uma tirada de gênio ao ver no comportamento da ministra da Casa Civil – a esquisita Dona Dilma – traços parecidos com o modo de ser usual de uma galinha. Não de “galinha” no sentido mais popular (referência pejorativa para mulheres e, até, para homens, que mudam constantemente de par, num comportamento erótico meio promíscuo). Esta tendência certamente não caberia no perfil da madame, ao que parece. No entanto, caso despontasse algum pendor luxurioso, não seria da conta de ninguém. Causaria mesmo admiração e a tornaria, com certeza, uma pessoa mais próxima do comum dos mortais. Portanto, a alusão do senador Mão Santa não se referia a qualquer conotação sexual mas, tão somente, ao ridículo marcante que esta ave protagoniza no dia a dia.
É curioso observar que não se tem notícia de envolvimento de mulheres políticas (nem no Brasil nem em outros lugares do mundo), com escândalos de fundo sexual. Coisas como prática de boquete (como Bill Clinton e sua charmosa estagiária), ou outras formas de galinhagem costumeiras na tradição americana. No Brasil, são famosos os episódios referentes ao presidente Juscelino e a outros presidentes mais, que a imprensa costuma divulgar nem sempre com discrição. Mulheres públicas, porém, não se dedicam a comportamentos eróticos transgressores. É como se elas se transformassem (no exercício de mandatos ou de funções de alta relevância política), em breves contra a luxúria. Também, convenhamos, fica difícil imaginar uma orgia com gente como Dona Dilma ou a senadora Ideli Salvati. Caso acontecesse, ficaria mais parecido com um filme de Zé do Caixão que com um filme de Pasolini.
Para quem imagina que galinha seja uma inocente criatura de Deus é bom saber que ela é um dos mais formidáveis predadores da natureza. Onde ela vive não prosperam os insetos e nem a mais resistente tiririca de jardim. A penosa é um bicho tão singular que cisca e come o tempo inteiro além, naturalmente, de cacarejar e botar, mesmo que não exista um galo para lhe dar o tratamento que todos os machos propiciam às fêmeas sob seu domínio. Na ausência do galo, seus ovos são tão estéreis quanto um fóssil de dinossauro. Mas ela continua a botar, cacarejante da vida, como se daquele ovo pudesse sair alguma coisa significativa. Um ovo assim meio barroco. Um ovo falso que parece um ovo de verdade. Por fora, parece que é, mas por dentro não é. Para efeito de comparação, um ovo similar ao tal do PAC que a galinha do planalto vai cacarejantemente botando nos grotões brasileiros. Porém, um ovo infértil que, apesar de sugerir uma vasta criação futura, ficará reduzido à sua casca, ou restos dela, após ser chupado pelos tantos parasitas que ali ao lado o observam com olhar guloso.
É realmente um pessoal formidável, este que se alinha ao petismo e seus assemelhados! A um observador externo eles dão a impressão de estarem querendo mostrar que as fábulas orwellianas não eram fantasias de uma mente criativa. Muito antes pelo contrário. Se em “1984” o inglês George Orwell profetizou um futuro totalitário e seu modus operandi, em outra novela não menos famosa – “A Revolução dos Bichos” – ele imaginou uma revolta dos animais em busca de maior igualdade para todos. A resultante final, contudo, acabou numa situação onde todos os bichos ficaram iguais, mas alguns deles ficaram mais iguais que outros. Claro que os “mais iguais” eram os porcos, o animal cujo caráter mais se aproxima do caráter humano. Os porquinhos, por exemplo, que vivem a se refocilar nas cercanias do Planalto confirmam a percepção realista de Orwell. As sujeiras de Lula, Zé Dirceu, Valdomiro Diniz, Gushiken, João Paulo, Severino, José Genoíno, Mercadante, Salvatti, Jucá, Sarneys, Calheiros, Silvinho, Berzoini, e mais uma listagem que daria para compor verdadeira lista telefônica, têm aspecto, cheiro e cor de suínos. Melhor sorte teria tido Hércules no passado (quando foi instado a limpar a estrebaria de Áugias), que o Hércules do futuro a ser convocado a despoluir a pocilga instalada em Brasília . Cheiro de cavalo, já dizia velho general, é mais tolerável que cheiro de gente. De porco, então, nem se fala pois o porco se assemelha ao bicho homem até em sua fisiologia. Já se observou, aliás, que cuidadores de porcos ficam impregnados da sua pestilência intrínseca. É algo tão forte que não há sabão nem detergente que dê conta de eliminar a murrinha de chiqueiro que gruda nas roupas, nos cabelos e no mais profundo da pele dos que vivem ao seu lado. Animal impuro e amaldiçoado, não por acaso os demônios se encarnaram nele, conforme ordem divina. Glutão, onívoro e obsceno a perversa criatura só difere do homem em uma coisa: os porcos quando bebem não roncam!
O espírito de galinha que tomou conta da sinistra Dilma pode ser considerado, no entanto, uma evolução de outro espírito que já a possuiu em outros tempos: o espírito de porco, por ocasião do chamado regime militar. Naquela época Dona Dilma – embebida de furor e intolerância inauditos – participou de ações que, segundo consta, iriam servir para a derrubada dos governantes de então. Entre estas ações estavam seqüestros e assaltos a cofres de particulares e de bancos, bem como atentados armados que resultaram em mortes e mutilações entre os diretamente envolvidos (além de inocentes eventuais que estivessem próximos dos eventos). Para se fazer um paralelo com a atualidade, nada muito diferente do que hoje fazem as FARC da Colômbia, cujos atos são notoriamente conhecidos por todo o mundo: tráfico de drogas, contrabando, rapto de inocentes, chantagem, assassinato, extorsão, furto, roubo, formação de quadrilha e uma penca de outros crimes acobertados por uma capa romântica de guerrilha. A desfaçatez dos capos petistas, no entanto, não encontra limites quando alegam um rigoroso respeito à lei do sigilo para não prestar contas das velhacarias presidenciais. E isto é mais surpreendente quando sua história é marcada pelas mais comezinhas violações a simples normas civilizatórias ou quando transgridem abertamente preceitos constitucionais. Fraudes deliberadas e difusão de informações falsas também fazem parte do cardápio petista. Vale a pena relembrar acontecimentos durante a CPI dos “Anões do Orçamento” quando o então deputado José Dirceu patrocinava a divulgação de dados sigilosos de outros deputados. Uma de suas maiores estripulias provocou a cassação do deputado Ibsen Pinheiro, acusado de movimentação criminosa de fundos em sua conta bancária. A fraude, descoberta mais tarde, foi arquitetada no gabinete de Zé Dirceu por ninguém mais que um tal de Valdomiro Diniz, dirigente da CUT posto à disposição do deputado. Este Valdomiro é o mesmo achacador de bicheiros e de bingueiros que, no início do primeiro mandato de Lula, tinha a função de Vice-ministro da Casa Civil encarregado que era de fazer negociações com o Congresso. A destruição da carreira parlamentar do gaúcho Ibsen Pinheiro não mereceu da corja de falsários nem um singelo pedido posterior de desculpas. Também uma simples inspeção nos artigos e livros escritos por Tarso Genro e José Genoíno, por exemplo, mostraria a quem quer que seja o teor do projeto totalitário que perseguem. Não se tem notícia, aliás, de qualquer auto-crítica por parte dos dois últimos autores a respeito das idéias que defendiam e que, portanto, ainda devem defender, supondo continuarem ambos adeptos do credo leninista/stalinista que inspirava suas originais afiliações partidárias, respectivamente, o Partido Comunista Revolucionário – PRC – e o Partido Comunista do Brasil – PC do B.
Talvez se possa verificar, pelos últimos acontecimentos noticiados pela imprensa, que Dona Dilma tem mesmo é uma incrível capacidade mediúnica. Suas enfáticas declarações negando a feitura de mais um dossiê para chantagear adversários são extremamente semelhantes àquelas ditas pelo inefável Professor Delúbio (o matemático que das quatro operações só era versado em uma), quando este dizia em alto e bom som para negar seu envolvimento com o mensalão: “O PT não rouba nem deixa roubar!” Dona Dilma, por sua vez, agora diz que “o governo não faz dossiês contra adversários nem deixa fazer”. Seria risível se não fosse patético, esta que é a verdade. Em que pese sua formação científica, o Professor Delúbio se comportava como uma criança flagrada furtando frutas no quintal do vizinho. Apelando para o pensamento mágico, ele negava a realidade como se o discurso tivesse a propriedade de anular os fatos. E à cobrança pelos seus atos ele retorquia dizendo: “as frutas não estão lá; o quintal não existe; eu não estou no quintal do vizinho; eu não estou afanando coisa de ninguém; para ser mais explícito, o mundo não existe, eu não existo, nada, enfim, existe”. Parece a fala metafísica de um budista tresloucado pouco antes de atingir a salvação do Nirvana. Pois o Karma deste famigerado professor de matemática deve ter-se transmigrado para o corpanzil da ministra. Só isto pode explicar a repetição quase que literalmente das delúbicas palavras. Ela tem, até, na empostação da voz um timbre delubiano. Para usar a imagem proposta pelo senador Mão Santa, ela cacareja o mesmo pio espesso e redundante do professor goiano, num decalque daquele robô de “Perdidos no Espaço” e seus braços sacolejantes quando emperrava nas respostas e ficava no: “Não tem registro, não tem registro, não tem registro!”
De tudo isto se pode chegar a uma conclusão provisória: Dona Dilma já foi p’ro beleléu. Ela vai cair para que se cumpra o preceito Schopenhaureano: a culpa é sempre dos ministros e, nunca, do Rei. A madame – dita a “mãe do PAC” - vai construir uma saída que a deixe vitimizada. Já o pai de todas as criaturas teratológicas concebidas neste triste governo petista (escândalos dos gafanhotos, dos bingos, do mensalão, dos sanguessugas etc.), qualquer que tenha sido a “barriga de aluguel” (Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno e outros trapaceiros), vai sair ileso, para que os supremos interesses da patota sejam preservados. A quadrilha, de fato, tem um chefe, mas este está sempre tirando a castanha do fogo com a mão do gato. Dona Dilma vai se imolar em prol da causa, pensando estar agora possuída pelo espírito guerreiro de Rosa Luxemburgo. Doce e triste ilusão desta mariposa tardia gestada numa crisálida totalitária. A suprema ironia é assistir aos militares (forjados numa visão positivista do mundo), batendo continência para a gangue de criminosos gramscianos que estão a construir a “república sindicalista”, situação contra a qual os milicos armaram o golpe de 1964. A vingança tardou mas não falhou. Velhos e outrora orgulhosos generais são obrigados a fazer, doravante, o beija mão a Lula, Dona Dilma, Tarso Genro e congêneres, para impedir (ou pelo menos adiar um pouco no tempo), a transformação das forças armadas, pela via do sucateamento deliberado e da obsolescência, em uma paródia tropical do incrível “Exército de Brancaleone”.
É curioso observar que não se tem notícia de envolvimento de mulheres políticas (nem no Brasil nem em outros lugares do mundo), com escândalos de fundo sexual. Coisas como prática de boquete (como Bill Clinton e sua charmosa estagiária), ou outras formas de galinhagem costumeiras na tradição americana. No Brasil, são famosos os episódios referentes ao presidente Juscelino e a outros presidentes mais, que a imprensa costuma divulgar nem sempre com discrição. Mulheres públicas, porém, não se dedicam a comportamentos eróticos transgressores. É como se elas se transformassem (no exercício de mandatos ou de funções de alta relevância política), em breves contra a luxúria. Também, convenhamos, fica difícil imaginar uma orgia com gente como Dona Dilma ou a senadora Ideli Salvati. Caso acontecesse, ficaria mais parecido com um filme de Zé do Caixão que com um filme de Pasolini.
Para quem imagina que galinha seja uma inocente criatura de Deus é bom saber que ela é um dos mais formidáveis predadores da natureza. Onde ela vive não prosperam os insetos e nem a mais resistente tiririca de jardim. A penosa é um bicho tão singular que cisca e come o tempo inteiro além, naturalmente, de cacarejar e botar, mesmo que não exista um galo para lhe dar o tratamento que todos os machos propiciam às fêmeas sob seu domínio. Na ausência do galo, seus ovos são tão estéreis quanto um fóssil de dinossauro. Mas ela continua a botar, cacarejante da vida, como se daquele ovo pudesse sair alguma coisa significativa. Um ovo assim meio barroco. Um ovo falso que parece um ovo de verdade. Por fora, parece que é, mas por dentro não é. Para efeito de comparação, um ovo similar ao tal do PAC que a galinha do planalto vai cacarejantemente botando nos grotões brasileiros. Porém, um ovo infértil que, apesar de sugerir uma vasta criação futura, ficará reduzido à sua casca, ou restos dela, após ser chupado pelos tantos parasitas que ali ao lado o observam com olhar guloso.
É realmente um pessoal formidável, este que se alinha ao petismo e seus assemelhados! A um observador externo eles dão a impressão de estarem querendo mostrar que as fábulas orwellianas não eram fantasias de uma mente criativa. Muito antes pelo contrário. Se em “1984” o inglês George Orwell profetizou um futuro totalitário e seu modus operandi, em outra novela não menos famosa – “A Revolução dos Bichos” – ele imaginou uma revolta dos animais em busca de maior igualdade para todos. A resultante final, contudo, acabou numa situação onde todos os bichos ficaram iguais, mas alguns deles ficaram mais iguais que outros. Claro que os “mais iguais” eram os porcos, o animal cujo caráter mais se aproxima do caráter humano. Os porquinhos, por exemplo, que vivem a se refocilar nas cercanias do Planalto confirmam a percepção realista de Orwell. As sujeiras de Lula, Zé Dirceu, Valdomiro Diniz, Gushiken, João Paulo, Severino, José Genoíno, Mercadante, Salvatti, Jucá, Sarneys, Calheiros, Silvinho, Berzoini, e mais uma listagem que daria para compor verdadeira lista telefônica, têm aspecto, cheiro e cor de suínos. Melhor sorte teria tido Hércules no passado (quando foi instado a limpar a estrebaria de Áugias), que o Hércules do futuro a ser convocado a despoluir a pocilga instalada em Brasília . Cheiro de cavalo, já dizia velho general, é mais tolerável que cheiro de gente. De porco, então, nem se fala pois o porco se assemelha ao bicho homem até em sua fisiologia. Já se observou, aliás, que cuidadores de porcos ficam impregnados da sua pestilência intrínseca. É algo tão forte que não há sabão nem detergente que dê conta de eliminar a murrinha de chiqueiro que gruda nas roupas, nos cabelos e no mais profundo da pele dos que vivem ao seu lado. Animal impuro e amaldiçoado, não por acaso os demônios se encarnaram nele, conforme ordem divina. Glutão, onívoro e obsceno a perversa criatura só difere do homem em uma coisa: os porcos quando bebem não roncam!
O espírito de galinha que tomou conta da sinistra Dilma pode ser considerado, no entanto, uma evolução de outro espírito que já a possuiu em outros tempos: o espírito de porco, por ocasião do chamado regime militar. Naquela época Dona Dilma – embebida de furor e intolerância inauditos – participou de ações que, segundo consta, iriam servir para a derrubada dos governantes de então. Entre estas ações estavam seqüestros e assaltos a cofres de particulares e de bancos, bem como atentados armados que resultaram em mortes e mutilações entre os diretamente envolvidos (além de inocentes eventuais que estivessem próximos dos eventos). Para se fazer um paralelo com a atualidade, nada muito diferente do que hoje fazem as FARC da Colômbia, cujos atos são notoriamente conhecidos por todo o mundo: tráfico de drogas, contrabando, rapto de inocentes, chantagem, assassinato, extorsão, furto, roubo, formação de quadrilha e uma penca de outros crimes acobertados por uma capa romântica de guerrilha. A desfaçatez dos capos petistas, no entanto, não encontra limites quando alegam um rigoroso respeito à lei do sigilo para não prestar contas das velhacarias presidenciais. E isto é mais surpreendente quando sua história é marcada pelas mais comezinhas violações a simples normas civilizatórias ou quando transgridem abertamente preceitos constitucionais. Fraudes deliberadas e difusão de informações falsas também fazem parte do cardápio petista. Vale a pena relembrar acontecimentos durante a CPI dos “Anões do Orçamento” quando o então deputado José Dirceu patrocinava a divulgação de dados sigilosos de outros deputados. Uma de suas maiores estripulias provocou a cassação do deputado Ibsen Pinheiro, acusado de movimentação criminosa de fundos em sua conta bancária. A fraude, descoberta mais tarde, foi arquitetada no gabinete de Zé Dirceu por ninguém mais que um tal de Valdomiro Diniz, dirigente da CUT posto à disposição do deputado. Este Valdomiro é o mesmo achacador de bicheiros e de bingueiros que, no início do primeiro mandato de Lula, tinha a função de Vice-ministro da Casa Civil encarregado que era de fazer negociações com o Congresso. A destruição da carreira parlamentar do gaúcho Ibsen Pinheiro não mereceu da corja de falsários nem um singelo pedido posterior de desculpas. Também uma simples inspeção nos artigos e livros escritos por Tarso Genro e José Genoíno, por exemplo, mostraria a quem quer que seja o teor do projeto totalitário que perseguem. Não se tem notícia, aliás, de qualquer auto-crítica por parte dos dois últimos autores a respeito das idéias que defendiam e que, portanto, ainda devem defender, supondo continuarem ambos adeptos do credo leninista/stalinista que inspirava suas originais afiliações partidárias, respectivamente, o Partido Comunista Revolucionário – PRC – e o Partido Comunista do Brasil – PC do B.
Talvez se possa verificar, pelos últimos acontecimentos noticiados pela imprensa, que Dona Dilma tem mesmo é uma incrível capacidade mediúnica. Suas enfáticas declarações negando a feitura de mais um dossiê para chantagear adversários são extremamente semelhantes àquelas ditas pelo inefável Professor Delúbio (o matemático que das quatro operações só era versado em uma), quando este dizia em alto e bom som para negar seu envolvimento com o mensalão: “O PT não rouba nem deixa roubar!” Dona Dilma, por sua vez, agora diz que “o governo não faz dossiês contra adversários nem deixa fazer”. Seria risível se não fosse patético, esta que é a verdade. Em que pese sua formação científica, o Professor Delúbio se comportava como uma criança flagrada furtando frutas no quintal do vizinho. Apelando para o pensamento mágico, ele negava a realidade como se o discurso tivesse a propriedade de anular os fatos. E à cobrança pelos seus atos ele retorquia dizendo: “as frutas não estão lá; o quintal não existe; eu não estou no quintal do vizinho; eu não estou afanando coisa de ninguém; para ser mais explícito, o mundo não existe, eu não existo, nada, enfim, existe”. Parece a fala metafísica de um budista tresloucado pouco antes de atingir a salvação do Nirvana. Pois o Karma deste famigerado professor de matemática deve ter-se transmigrado para o corpanzil da ministra. Só isto pode explicar a repetição quase que literalmente das delúbicas palavras. Ela tem, até, na empostação da voz um timbre delubiano. Para usar a imagem proposta pelo senador Mão Santa, ela cacareja o mesmo pio espesso e redundante do professor goiano, num decalque daquele robô de “Perdidos no Espaço” e seus braços sacolejantes quando emperrava nas respostas e ficava no: “Não tem registro, não tem registro, não tem registro!”
De tudo isto se pode chegar a uma conclusão provisória: Dona Dilma já foi p’ro beleléu. Ela vai cair para que se cumpra o preceito Schopenhaureano: a culpa é sempre dos ministros e, nunca, do Rei. A madame – dita a “mãe do PAC” - vai construir uma saída que a deixe vitimizada. Já o pai de todas as criaturas teratológicas concebidas neste triste governo petista (escândalos dos gafanhotos, dos bingos, do mensalão, dos sanguessugas etc.), qualquer que tenha sido a “barriga de aluguel” (Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno e outros trapaceiros), vai sair ileso, para que os supremos interesses da patota sejam preservados. A quadrilha, de fato, tem um chefe, mas este está sempre tirando a castanha do fogo com a mão do gato. Dona Dilma vai se imolar em prol da causa, pensando estar agora possuída pelo espírito guerreiro de Rosa Luxemburgo. Doce e triste ilusão desta mariposa tardia gestada numa crisálida totalitária. A suprema ironia é assistir aos militares (forjados numa visão positivista do mundo), batendo continência para a gangue de criminosos gramscianos que estão a construir a “república sindicalista”, situação contra a qual os milicos armaram o golpe de 1964. A vingança tardou mas não falhou. Velhos e outrora orgulhosos generais são obrigados a fazer, doravante, o beija mão a Lula, Dona Dilma, Tarso Genro e congêneres, para impedir (ou pelo menos adiar um pouco no tempo), a transformação das forças armadas, pela via do sucateamento deliberado e da obsolescência, em uma paródia tropical do incrível “Exército de Brancaleone”.
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