Sancho Panza, o vilão de “pouco sal na moleira” no dizer de Cervantes, costuma ser visto como a representação do homem realista. Aquele que está sempre com os pés no chão, ao contrário do engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha, delirante e sonhador a ponto de confundir moinhos de vento com ferozes dragões. Saudosos desenhos animados também faziam uso deste arquétipo. .Mas neste caso a divisão era entre otimistas (Lipy, o leão), e os incuráveis pessimistas (Hardy, a hiena). Quem não se lembra da conclamação de Lipy – “vamos, Hardy, eu sei que vai dar certo”, e a resposta amarga da hiena – “Oh! Dia, Oh! Azar; não vai dar certo, Lipy, eu sei que não vai?” Na atualidade, contudo, as diferenças não são mais estabelecidas entre essas velhas categorias – dos otimistas e sonhadores contra os pessimistas sempre tão realistas. Agora o corte se faz entre os espertos que levam vantagem em tudo versus os tolinhos que nada sabem dos mistérios do mundo.
Tolinhos são aqueles para os quais preto é preto e branco é branco, ou bandido é bandido e polícia é polícia. Quando essas categorias se misturam há um curto circuito na cabeça dessas pessoas. Os espertos, ao contrário, possuem um grande jogo de cintura. Espertos, por exemplo, são os políticos mineiros para os quais haveria uma infinita gradação entre o preto e o branco, e inumeráveis situações onde o que é banditismo pode muito bem estar próximo da suprema honestidade. Os tolinhos não pensam nem agem dessa forma sofisticada. Tolinhos acreditam que quem traiu uma vez será sempre traidor. Uma convivência amena, caso acontecesse, entre Tiradentes e Silvério dos Reis, após a delação do primeiro pelo segundo, seria sinceramente incompreensível. Da mesma forma soa estranha uma parceria entre os que pregam a honestidade e lisura com notórios e refinados corruptos. Tolinhos, coitados, acreditam que quem com porcos se mistura farelos come, e que, quando gente decente aceita conviver com patifes, há um benefício para estes últimos ao preço da desmoralização dos primeiros. Os espertos do PT e outros partidos que estão a ensaiar rendosa sociedade nas próximas eleições, talvez se deparem com uma reação nossa, os tolinhos de BH. Esta aliança pode se transformar no beijo da morte para os espertos.
Tolinhos são aqueles para os quais preto é preto e branco é branco, ou bandido é bandido e polícia é polícia. Quando essas categorias se misturam há um curto circuito na cabeça dessas pessoas. Os espertos, ao contrário, possuem um grande jogo de cintura. Espertos, por exemplo, são os políticos mineiros para os quais haveria uma infinita gradação entre o preto e o branco, e inumeráveis situações onde o que é banditismo pode muito bem estar próximo da suprema honestidade. Os tolinhos não pensam nem agem dessa forma sofisticada. Tolinhos acreditam que quem traiu uma vez será sempre traidor. Uma convivência amena, caso acontecesse, entre Tiradentes e Silvério dos Reis, após a delação do primeiro pelo segundo, seria sinceramente incompreensível. Da mesma forma soa estranha uma parceria entre os que pregam a honestidade e lisura com notórios e refinados corruptos. Tolinhos, coitados, acreditam que quem com porcos se mistura farelos come, e que, quando gente decente aceita conviver com patifes, há um benefício para estes últimos ao preço da desmoralização dos primeiros. Os espertos do PT e outros partidos que estão a ensaiar rendosa sociedade nas próximas eleições, talvez se deparem com uma reação nossa, os tolinhos de BH. Esta aliança pode se transformar no beijo da morte para os espertos.
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