quarta-feira, 26 de junho de 2019

Queima de pneus, morte de inocente



Ricardo Kertzman publicou em seu blog - no dia 18 de junho do corrente – o texto que segue abaixo. Pouca coisa há a acrescentar às suas considerações. Talvez, apenas, a cobrança da responsabilidade de notórios dirigentes acadêmicos e sindicais, patronos da selvageria que se viu no dia 14 de junho. 
Que os piromaníacos fazem parte da comunidade universitária da UFMG ninguém duvida. A queima de pneus resultou na torturante morte de uma mulher de 53 anos, mãe de oito filhos, que seguia para o trabalho habitual de faxineira no centro da capital mineira. 
A imprensa, ao que parece, não noticiou qualquer manifestação de solidariedade à família enlutada provinda da Reitoria nem dos sindicatos de professores e dos funcionários e, muito menos, dos inúmeros grupos de estudantes intoxicados, estes, não pela fumaça venenosa de pneus em chamas, mas pelo discurso de ódio gestado no gramscismo que impregna as salas de aulas. Os alunos, na sua trajetória pela vida poderão, para seu infortúnio, dizer, amanhã, que aprenderam muitas coisas na universidade, inclusive a matar inocentes. 
E nem precisarão pedir desculpas pela participação comissiva nem omissiva no resultado do homicídio daquela pobre vítima. Afinal, se a cúpula da instituição pouco, ou nada fez nessa direção, ficam todos desobrigados de proporcionar qualquer reparo à família enlutada, mesmo que apenas moral. Nota-se que um silêncio cúmplice une todos os partícipes. 
O Ministério Público bem poderia chamar a si a apuração da responsabilidade criminal e civil dos envolvidos, direta ou indiretamente, no trágico episódio.   

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Mulher, pobre e preta só servirá como cadáver a ser explorado sendo de esquerda (Ricardo Kertzman)   
Edi Alves Guimarães não é ninguém. Ou melhor não era, pois faleceu nesta segunda-feira, dia 17 de Junho, após quatro dias internada na UTI.

Edi era pobre, mãe de oito filhos e uma trabalhadora comum, destas que enfrentam horas e horas para ir e voltar do trabalho todos os dias.

Você nunca ouvira falar dela antes, e provavelmente jamais ouvirá outra vez. Foi morta, asfixiada pela fumaça de pneus queimados na Av. Antônio Carlos, em Belo Horizonte.

Para seu azar, e azar ainda maior da prole que aqui ficou, Edi foi assassinada por terroristas travestidos de “manifestantes”.

Por quê? Ora, porque “Xô, Bolsonaro”; “Reforma da Previdência, não” e “Moro corrupto”servem de desculpa para a esquerda brasileira matar.

Em 2014, Santiago Ilídio Andrade, de apenas 49 anos, também trabalhava quando foi assassinado por “militantes” que estavam no local.

Santiago era o cinegrafista da Band, atingido na cabeça por um foguete disparado contra policiais militares.

Em ambos os casos, os assassinos foram tratados como meros manifestantes ou militantes políticos, protestando democraticamente nas ruas.

Imagino o que não teria acontecido caso os mortos fossem petistas ou psolistas, acidentalmente abatidos por policiais ou militares das Forças Armadas.

Imagino o que não teria acontecido acaso os mortos vestissem camisetas com o Che Guevara ou Lula Livre estampados.

Toda morte violenta choca, mas algumas, para alguns, mais que as outras, pois há que se levar em conta o pedigree do(a) falecido(a).

Mulher, pobre e preta só serve como defunto a ser politicamente explorado se for de esquerda e/ou vestir camiseta e boné do MST.

Gay, pobre e preto idem. Do contrário, que o anonimato, o esquecimento e a impunidade tomem conta do infeliz.

Já passou da hora de termos uma lei que puna severamente e que equipare a terroristas esses assassinos hediondos.

Quantos não perdem a vida tentando chegar a um hospital, sitiado por pneus queimados e arruaceiros vândalos interditando ruas, avenidas e estradas?

Em muito menor grau e prejuízo, quantos não perdem nascimentos, casamentos, batizados, formaturas e viagens?

Datas que não se repetem, dinheiro que não se recupera, corpos mutilados e vidas que se perdem como se tudo fosse normal e corriqueiro como se chatear com o miado do gato vizinho.

Mas ai de quem propuser uma lei assim. Será taxado pela esquerdopatia canina como fascista, ditador, intolerante e sei lá mais o quê do jargão monotemático das bestas.

O Brasil prefere a covardia ao enfrentamento. Prefere as mortes ao embate político. Prefere matar e morrer, pois mais fácil assim.

Em mais dois ou três dias, ninguém falará (alguém falou?) mais da Edi. Afinal de contas, ela não era assim uma Brastemp, ou melhor, uma Marielle Franco.

Pobre coitada.


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