Ricardo Kertzman publicou em seu blog - no dia 18 de
junho do corrente – o texto que segue abaixo. Pouca coisa há a acrescentar às
suas considerações. Talvez, apenas, a cobrança da responsabilidade de notórios
dirigentes acadêmicos e sindicais, patronos da selvageria que se viu no dia 14
de junho.
Que os piromaníacos fazem parte da comunidade universitária da UFMG ninguém
duvida. A queima de pneus resultou na torturante morte de uma mulher de 53 anos,
mãe de oito filhos, que seguia para o trabalho habitual de faxineira no centro
da capital mineira.
A imprensa, ao que parece, não noticiou qualquer
manifestação de solidariedade à família enlutada provinda da Reitoria nem dos
sindicatos de professores e dos funcionários e, muito menos, dos inúmeros grupos
de estudantes intoxicados, estes, não pela fumaça venenosa de pneus em chamas, mas
pelo discurso de ódio gestado no gramscismo que impregna as salas de aulas. Os
alunos, na sua trajetória pela vida poderão, para seu infortúnio, dizer, amanhã,
que aprenderam muitas coisas na universidade, inclusive a matar inocentes.
E
nem precisarão pedir desculpas pela participação comissiva nem omissiva no
resultado do homicídio daquela pobre vítima. Afinal, se a cúpula da instituição
pouco, ou nada fez nessa direção, ficam todos desobrigados de proporcionar
qualquer reparo à família enlutada, mesmo que apenas moral. Nota-se que um
silêncio cúmplice une todos os partícipes.
O Ministério Público bem poderia
chamar a si a apuração da responsabilidade criminal e civil dos envolvidos,
direta ou indiretamente, no trágico episódio.
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Mulher,
pobre e preta só servirá como cadáver a ser explorado sendo de esquerda (Ricardo Kertzman)
Edi Alves Guimarães
não é ninguém. Ou melhor não era, pois faleceu nesta segunda-feira, dia 17 de
Junho, após quatro dias internada na UTI.
Edi era pobre, mãe
de oito filhos e uma trabalhadora comum, destas que enfrentam horas e horas
para ir e voltar do trabalho todos os dias.
Você nunca ouvira
falar dela antes, e provavelmente jamais ouvirá outra vez. Foi morta, asfixiada
pela fumaça de pneus queimados na Av. Antônio Carlos, em Belo Horizonte.
Para seu azar, e
azar ainda maior da prole que aqui ficou, Edi foi assassinada por terroristas
travestidos de “manifestantes”.
Por quê? Ora,
porque “Xô, Bolsonaro”; “Reforma da
Previdência, não” e “Moro corrupto”servem de desculpa
para a esquerda brasileira matar.
Em 2014, Santiago
Ilídio Andrade, de apenas 49 anos, também trabalhava quando foi assassinado por
“militantes” que estavam no local.
Santiago era o
cinegrafista da Band, atingido na cabeça por um foguete disparado contra
policiais militares.
Em ambos os casos,
os assassinos foram tratados como meros manifestantes ou militantes políticos,
protestando democraticamente nas ruas.
Imagino o que não
teria acontecido caso os mortos fossem petistas ou psolistas, acidentalmente
abatidos por policiais ou militares das Forças Armadas.
Imagino o que não
teria acontecido acaso os mortos vestissem camisetas com o Che Guevara ou Lula
Livre estampados.
Toda morte violenta
choca, mas algumas, para alguns, mais que as outras, pois há que se levar em
conta o pedigree do(a)
falecido(a).
Mulher, pobre e
preta só serve como defunto a ser politicamente explorado se for de esquerda
e/ou vestir camiseta e boné do MST.
Gay, pobre e preto
idem. Do contrário, que o anonimato, o esquecimento e a impunidade tomem conta
do infeliz.
Já passou da hora
de termos uma lei que puna severamente e que equipare a terroristas esses
assassinos hediondos.
Quantos não perdem
a vida tentando chegar a um hospital, sitiado por pneus queimados e arruaceiros
vândalos interditando ruas, avenidas e estradas?
Em muito menor grau
e prejuízo, quantos não perdem nascimentos, casamentos, batizados, formaturas e
viagens?
Datas que não se
repetem, dinheiro que não se recupera, corpos mutilados e vidas que se perdem
como se tudo fosse normal e corriqueiro como se chatear com o miado do gato
vizinho.
Mas ai de quem
propuser uma lei assim. Será taxado pela esquerdopatia canina como fascista,
ditador, intolerante e sei lá mais o quê do jargão monotemático das bestas.
O Brasil prefere a
covardia ao enfrentamento. Prefere as mortes ao embate político. Prefere matar
e morrer, pois mais fácil assim.
Em mais dois ou
três dias, ninguém falará (alguém falou?) mais da Edi. Afinal de contas, ela
não era assim uma Brastemp, ou melhor, uma Marielle Franco.
Pobre coitada.
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