quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Iracema...


"Além, muito além daquela serra, que ainda azula 
no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que 
tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna 
e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu 
sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como 
seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena 
virgem corria o sertão e as matas do Ipu, 
onde campeava sua guerreira tribo da 
grande nação tabajara, o pé grácil e nu, 
mal roçando alisava apenas a verde pelúcia 
que vestia a terra com as primeiras águas.

Um dia, ao pino do sol..."

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