quinta-feira, 6 de maio de 2010

"O discurso em andrajos, o guru ignaro e a fraude mal acabada

"Celso Arnaldo acordou meio invocado (como o presidente Lula no dia em que resolveu dar uma bronca em George Bush), conferiu o twitter de Dilma Rousseff, contemplou a estampa em mutação da candidata, vistoriou a fachada de Marcelo Branco e mandou o seguinte relato:
Do twitter da Dilma, agora há pouco:

“Estudei de manhã dados do crescimento industrial de 19,7%do trimestre.Setor de bens de capital lidera.Ou seja,crescimento sustentável.”

Qualquer coisa que saia da cabeça de Dilma, em qualquer manifestação sobre virtualmente qualquer assunto, é incompatível com a palavra “estudei”. Mas, não. O pessoal da campanha da Dilma está preocupado com outro tipo de elegância estilística, não com o “crescimento industrial de 19,7% do trimestre”.

Na Folha de hoje:
“Bombardeada de críticas sobre seus tropeços no quesito fashion, a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, resolveu pedir a ajuda de profissionais de estilo para renovar seu guarda-roupa de campanha.”

Tropeços no quesito fashion? Esse é o maior problema de Dilma? E o discurso em andrajos? A sintaxe em farrapos? As concordâncias penduradas num trapo de tecido ordinário? A nudez grotesca do raciocínio. As ideias encardidas, rotas, puídas. A postura troncha. O pensamento sem alinhavo, sem ponto e pesponto. Os programas de governo sem bojo, sem modelagem. Os números sem medidas. A inteligência sem acabamento. A cognição do avesso. A ignorância extralarge, XXX?

Se Chanel e Dior ressuscitassem só para trabalhar como “profissionais de estilo” de sua campanha, Dilma não seria mais do que é e sempre foi ─ uma fraude mal acabada, imprópria até para uma arara de loja da Galeria Pajé.

Com esse figurino catastrófico, Dilma orna bem com as camisetas do Marcelo Branco, o último psicodélico do universo, que seriam recusadas por catadores de aterros sanitários.
Aliás, Dilma orna muito bem com Marcelo, o hippie hype que um dia será lembrado como o guru ignaro que costurou a plataforma cultural de Dilma Rousseff.

A figura de Marcelo Branco confirma: depois que Dilma Rousseff virou candidata à presidência da República, o Brasil está proibido de espantar-se."

(Do blog do Augusto Nunes, 5-5-2010)

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