terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Rabulices


De nada adiantou a pantomima jurídica promovida em Brasília, na última segunda feira, por Dilma e seus porquinhos amestrados. Um bando de gente que deveria estar trabalhando se dispôs, ou foi contratada, para dar pitaco no processo de impeachment da madame. A coisa parecia impressionante: duas dúzias e meia de pelegos do Direito, numa cerimônia que os infantilizou de maneira humilhante. Um a um, tal qual alunos internos de colégio religioso, foram ao proscênio para declinar à madre superiora suas boas ações e, ao mesmo tempo, verberar os vícios da oposição golpista. Retornando, em seguida, ao lugar previamente designado, ficaram à espera de amoroso tapinha nas bochechas e um cartuxo pequeno de amêndoas doces (se fosse dos grandes poderia estimular o pecado da gula).

Bastou, no entanto, que um verdadeiro constitucionalista - Temer - e um notável jurista - Reale - se manifestassem, para que se dissolvesse aquele sonho coletivo de uma noite de verão. Ninguém mais sequer se lembra do deprimente espetáculo dos trinta sábios operadores do Direito. Aliás, se alguém pretender contratar um advogado, e tiver por opção o professor Miguel Reale, ou algum dos juristas dilmescos, qual deles será a escolha da maioria? 

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