Um grupo de cientistas descobriu um buraco negro
com uma massa aproximadamente 12 bilhões de vezes maior que a do Sol, segundo
publicou nesta quarta-feira (25) a revista britânica "Nature".
A equipe detectou um quasar que contém um buraco
negro supermaciço em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo
tinha cerca de 900 milhões de anos, apenas 6% da idade atual do universo, de
13,6 bilhões de anos.
Esta descoberta poderia questionar determinadas
teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
O buraco negro de grande massa está localizado no
coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e
grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos
considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois
do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
A descoberta e o estudo posterior foram realizados
por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por
Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um
acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos
como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em
dois micrometros do céu completo).
Além disso, os astrônomos também utilizaram dados
do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que
lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy
Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que
"descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é
algo estranho".
Apesar da raridade desta descoberta, Venemans
especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da
ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas
de milhões de anos depois do Big Bang".
Segundo a cosmologia atual, a origem do universo se
remonta à grande explosão de um ponto de densidade infinita que gerou a
matéria, o espaço e o tempo.
"Buracos
negros se 'alimentam' da matéria ao redor deles. Quando essa matéria acaba,
eles hibernam", disse a pesquisadora Ann Hornschemeier, também dos
laboratórios da Nasa. "A galáxia NGC 253 é incomum porque há uma tremenda
atividade de formação estelar ao redor do buraco negro enquanto ele está
dormente", afirmou.
Fazendo um exercício de astronomia aplicada, e se as análises dos ilustres cientistas estiverem corretas, há um buraco negro na política brasileira. Qual um vampiro, o buraco negro chupa tudo que está em sua volta. Em justa homenagem ao responsável por esse fato teratológico, tal buraco do Brasil deveria se chamar Lulão.
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