“Os outros presidentes são todos da mesma laia!” O
autor da frase é ele mesmo. Sim, é ele, o atual presidente Lula da Silva, que
assim se referiu aos seus antecessores em evento recente na capital mineira, em
outubro de 2009. Nem é preciso ir a um dicionário para saber que laia é uma
palavra depreciativa sobre alguma característica comum a um grupo de pessoas.
Mais que um arroubo eventual em linguagem de sarjeta, no entanto, a assertiva
presidencial mostra ao grande público a forma habitual de pensar de um homem
carente de qualquer estofo espiritual. Carência, aliás, não só dele como,
também, daqueles que o cercam e o seguem caninamente. Não é de se estranhar,
então, que a vulgaridade esteja mais presente em sua língua que a própria
saliva. A coleção de desatinos daria para fazer um dicionário
político-pornográfico.
Do ponto de vista político, a forma lulesca de conceber o mundo (dividido, segundo seus acólitos, entre “nós” e “eles”), mostra a incrível persistência de uma concepção de origem stalinista, mesmo após aquela sangrenta ditadura ter-se dissolvido no tempo. Pois não é que Lula, Zé Dirceu e Dilma (para ficar apenas nos nomes mais notórios), desenterraram do museu das perversões históricas a teoria de Jdanov? Este tal de Jdanov (ex-ministro da cultura do regime soviético), dizia que o ambiente político se dividia em dois campos: os que estão conosco e os outros que, certamente, não estando conosco estão contra nós. Assim, quem estiver “conosco” pode ser o maior patife, o maior gângster ou o maior canalha que, apesar disto, será acolhido no ninho (deixam de ser piratas para virarem corsários do rei). Estão aí os nomes emblemáticos de Sarney, Maluf, Calheiros, Jader Barbalho e toda a quadrilha do mensalão.
Esta gente primitiva reduz o mundo, portanto, a duas possibilidades antagônicas: se não é preto, é branco; se não é amigo, é inimigo; se não é crente, é descrente. A rigidez mental os leva a praticar, ao longo da vida, os maiores desatinos, inclusive tortura e assassinato em massa. Não possuem qualquer limite. Estão aí para demonstrá-lo os exemplos do dia-a-dia. A própria corrupção do governo Lula, com sua frondosa cleptocracia, é uma herança ideológica do stalinismo, conforme se observa na estrutura similar da Rússia atual, ainda marcada pelos hábitos de Stálin. Não é algo fortuito: é parte de um sistema, de um modo bárbaro de ver e de viver. Nada diferente de Hitler e similares que povoaram a história humana. Quem duvidar se ponha a ler, isto é, se não vomitar antes, as manifestações de Zé Dirceu, Dilma e outros asseclas conhecidos que os seguem e defendem. O propósito deliberado destes liberticidas é implantar nos trópicos uma imitação barata e tardia dos regimes totalitários de outrora. O culto à personalidade, ao estilo stalinista, é apenas a parte visível do processo."
Do ponto de vista político, a forma lulesca de conceber o mundo (dividido, segundo seus acólitos, entre “nós” e “eles”), mostra a incrível persistência de uma concepção de origem stalinista, mesmo após aquela sangrenta ditadura ter-se dissolvido no tempo. Pois não é que Lula, Zé Dirceu e Dilma (para ficar apenas nos nomes mais notórios), desenterraram do museu das perversões históricas a teoria de Jdanov? Este tal de Jdanov (ex-ministro da cultura do regime soviético), dizia que o ambiente político se dividia em dois campos: os que estão conosco e os outros que, certamente, não estando conosco estão contra nós. Assim, quem estiver “conosco” pode ser o maior patife, o maior gângster ou o maior canalha que, apesar disto, será acolhido no ninho (deixam de ser piratas para virarem corsários do rei). Estão aí os nomes emblemáticos de Sarney, Maluf, Calheiros, Jader Barbalho e toda a quadrilha do mensalão.
Esta gente primitiva reduz o mundo, portanto, a duas possibilidades antagônicas: se não é preto, é branco; se não é amigo, é inimigo; se não é crente, é descrente. A rigidez mental os leva a praticar, ao longo da vida, os maiores desatinos, inclusive tortura e assassinato em massa. Não possuem qualquer limite. Estão aí para demonstrá-lo os exemplos do dia-a-dia. A própria corrupção do governo Lula, com sua frondosa cleptocracia, é uma herança ideológica do stalinismo, conforme se observa na estrutura similar da Rússia atual, ainda marcada pelos hábitos de Stálin. Não é algo fortuito: é parte de um sistema, de um modo bárbaro de ver e de viver. Nada diferente de Hitler e similares que povoaram a história humana. Quem duvidar se ponha a ler, isto é, se não vomitar antes, as manifestações de Zé Dirceu, Dilma e outros asseclas conhecidos que os seguem e defendem. O propósito deliberado destes liberticidas é implantar nos trópicos uma imitação barata e tardia dos regimes totalitários de outrora. O culto à personalidade, ao estilo stalinista, é apenas a parte visível do processo."
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Pois bem, talvez não seja hora de se ficar debatendo teorias políticas. Mas, para aqueles que têm alguma dificuldade para entender melhor o que se passa, vale a pena ler o que segue. Refletindo sobre o fenômeno totalitário no Brasil, chamado por ele de
totalitarismo tardio, o professor Giusti Tavares advertiu e explicou:
“como resultado de
um processo de extrema e brutal simplificação da realidade, a vida política é
percebida em termos de um permanente enfrentamento entre dois polos – o de amor
e o de ódio, o de bem e o de mal, o de verdade e o de erro, o de amigo e o de
inimigo – diante dos quais a neutralidade ou a indiferença não são apenas
suspeitas mas criminosas.
Um exemplo deste mecanismo de manipulação psicológica totalitária, combinando exclusivismo e envolvimento, foi a fórmula concebida por Jdanov em 1946, e logo conhecida como Teoria dos Dois Campos. Ela alimentou eficazmente, ao longo da guerra fria, a satelitização, pelo Partido Comunista da URSS, das denominadas “democracias populares” e dos partidos comunistas do Ocidente. O mundo inteiro, em todos os seus aspectos, estava dividido em dois campos: na filosofia e na ciência, opunham o idealismo e o materialismo; na arte, o subjetivismo burguês e o realismo socialista; na política, o imperialismo e o socialismo, cada um com seus aliados. Como não se reconhecia outra alternativa política – tertius non datur – quem não pertencia explícita e ativamente a um dos campos, situava-se no campo do adversário.
Lamentavelmente, a teoria dos dois campos não está sepultada. É ainda empregada, pelo sectarismo totalitário, como recurso para desqualificar não apenas os inimigos como também os independentes e mesmo os relutantes.
A existência de grupos primários vigorosos e de associações intermediárias voluntárias inviabiliza o totalitarismo simplesmente porque este não pode funcionar se os indivíduos retêm lealdades alternativas ou sequer compartilhadas com aquela que devem ao partido e ao Estado. É esse o motivo pelo qual o totalitarismo não reconhece como legítimos quer a diversidade de interesses particulares quer o pluralismo de concepções alternativas acerca de fins políticos ou mesmo do interesse público. No totalitarismo, a família e os grupos e associações intermediárias voluntárias são de certo modo debilitados e convertidos em condutos que fazem convergir para o partido e para o Estado a lealdade total dos indivíduos. A estrutura social tende a ser reduzida, por um processo de radical simplificação, a dois polos: de um lado uma massa de indivíduos atomizados e isolados e, de outro, o Estado, ou melhor, o partido, dominador e educador.”
(in O Totalitarismo Tardio, de José Giusti Tavares).
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