O jornalista Gabriel Garcia fez quatro perguntas para Maha Abdelaziz, professora do Centro Islâmico
de Brasília. Quem se espantar, deve ler novamente as respostas dadas. A dama merece ganhar uma burka.
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1)
Como a comunidade muçulmana avalia os ataques
radicais, como o ocorrido na França?
Claro que eu não sou favorável ao terrorismo, à matança, ao derramamento
de sangue, mas morrem nove pessoas e o mundo vira de ponta a cabeça. Morreu um
milhão de pessoas no Egito, na Síria, na Palestina, em Borno (Nigéria), mas
ninguém fala nada. Um dia antes do acontecimento na França, morreram milhares
de muçulmanos em Borno. Os muçulmanos estão sendo perseguidos.
2)
Qual a orientação a respeito das críticas feitas à
religião?
Não pode haver agressão, não aceitamos que se agrida moralmente ninguém.
Isso é uma agressão. Eles (jornalistas do Charlie Hebdo) tiveram um ato
violento moralmente. Foi uma crítica moral ao nosso profeta.
3)
Ataques radicais não comprometem a credibilidade
muçulmana?
Claro. A religião muçulmana é uma religião da paz. Quando respondi a primeira
pergunta, demonstrei indignação com a opinião do mundo. Quando morre meia dúzia
de não muçulmanos, o mundo vira de ponta a cabeça, sendo que estão morrendo
milhares de muçulmanos e o mundo fica olhando de camarote.
4)
Como separar os muçulmanos fieis, aqueles
pacíficos, dos radicais?
Tais termos são plantados para denegrir a imagem dos muçulmanos. Não
existe terrorista, radical. Todo mundo tem o sangue quente. Como massacram os
muçulmanos no mundo inteiro e não querem uma reação? Cada ação tem uma ação do
mesmo tamanho e no sentido contrário. Seria tolo e idiota tanta violência,
tanto massacre e ficarmos olhando. Esses ataques que vocês chamam de terrorista
é uma resposta a tanta barbaridade que acontece contra os muçulmanos. Nossa
religião não incentiva violência, jamais incentiva derramamento de sangue, só
que infelizmente essa é a resposta à crueldade. Vocês podem esperar coisa pior.
(Publicado no blog do Noblat, em 11/01/2015)
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