Dona Dilma e o PT estão
armando mais uma cama de gato para o povo brasileiro. Com o pretexto de
beneficiar os consumidores, reduziram as tarifas da energia elétrica sem levar
em conta todos os custos que afetam seu preço final. Esqueceram-se, no entanto,
que não há trapaça que fique escondida para sempre do poder esclarecedor da luz
do sol. Para manter as tarifas artificialmente baixas, a golpes de "ukasses",
tal qual o fazia o Gosplan (ministério do planejamento soviético), obrigaram
as empresas - geradoras e distribuidoras de eletricidade - a operar no vermelho
até a data das próximas eleições, em outubro do corrente ano. Para cobrir o
rombo, dona Dilma promoveu o pagamento indireto dos custos das companhias
prejudicadas, através de um “empréstimo” fajuto em torno de R$18 bilhões, que
exigiu uma complexa engenharia financeira para se viabilizar; coisa de velhacos
bem escolados em sangrar os bolsos do cidadão. Esta vultosa quantia, por óbvio,
será debitada nas futuras contas de luz. O povo que prepare o lombo para a
cacetada que chegará a partir de janeiro de 2015, tão certo como dois e dois
são quatro, assim que fechadas as urnas de 2014.
Golpes desse tipo – contra a
boa fé pública, a cidadania e a economia popular – não representam novidade no
Brasil. Dona Dilma e o PT aprenderam isso com Sarney e o PMDB. Não é, pois,
coincidência que Sarney, Lula e Dilma vivam hoje irmanados, unha e carne, Romeu
e Julieta nas artes de dar pernadas nos otários, que somos nós. Quem não se
lembra do tristemente famoso Plano Cruzado, engenhosa fraude parida pelo
cérebro provinciano do marajá do Maranhão? Na sua essência, o tal Plano,
iniciado em fevereiro de 1986, decretou o congelamento de todos os preços. Dona
Conceição Tavares, musa lusitana, economista chefe do PT, uma espécie de
serpente de onde saiu o ovo que chocou dona Dilma (esta foi aluna daquela), foi
às TV’s chorar lágrimas de crocodilo de tanta emoção. Muitos bem se lembram da palhaçada. De fato, vê-se mais uma
vez: quem sai aos seus não degenera. Entusiasmados de furor consumista os homens
comuns saíram às compras. Travestidos de fiscais do Sarney chegaram, até, a
caçar bois no pasto, sob o comando de Quércia, para poder fazer suas churrascadas
de finais de semana. Era a vida que se pediu a Deus. A popularidade de Sarney –
Tudo pelo Social, era seu bordão – subiu às alturas. As prateleiras dos supermercados,
entretanto, se esvaziaram. Claro, só uma cabeça muito estúpida poderia imaginar
que um comerciante iria comprar algo por preço superior ao que poderia vender
na loja, em vista do congelamento existente.
Sarney, que de bobo só tinha
o bigode e o jaquetão de Al Capone, resolveu esperar até o dia das eleições, em
15 de novembro à época, para enfrentar a crise de abastecimento e a inflação
represada. O tiro no congelamento foi certeiro, do ponto de vista eleitoral: em
1986, o PMDB elegeu todos os governadores (exceto o do Sergipe), e dois terços
da Câmara dos deputados, do Senado e das Assembleias Legislativas estaduais. Ganhou
tudo: barba, cabelo e bigode. A conta para os eleitores só chegou seis dias
depois de abertas as urnas. Foi quando o governo lançou o segundo Plano Cruzado
e acabou com a farra.
Preventivamente, dona Dilma e o PT já estão preparando o controle sobre os denominados movimentos sociais. Se a mal encarada senhora for reeleita (Deus nos livre), eles apelarão a tais movimentos para conter a insatisfação popular com os futuros reajustes dos preços públicos; caso ganhem as oposições, usarão os MST’s da vida para fustigar e desestabilizar o futuro governo. Este é o sentido do famigerado decreto que leva os movimentos sociais para dentro da estrutura administrativa do estado. Põe o bode dentro da sala; dependendo da circunstância, chuta os bagos do bode e tranca a porta para que se instale o caos. Ou, então, toca o bode para fora, gerando a sensação ilusória de melhoria da situação. São negras as perspectivas para o povo brasileiro. O PT é uma espécie tropical de Hamas, aquele grupo de fanáticos que aterroriza Israel. Como em nenhuma outra época, as lideranças políticas responsáveis, que ainda existem no Brasil, estarão submetidas às maiores provações nestes dias que virão.
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