sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Propaganda de Pimentel


O governo de Minas, nas mãos de Pimentel, conseguiu realizar uma façanha incomparável: tornar política de Estado o atraso reiterado do pagamento devido aos servidores. Fornecedores, então, nem se fala; é caso tão pacífico que nem os parlamentares ditos de oposição, na Assembleia Legislativa estadual, se dão mais ao trabalho de apontar o estilo do governador, bem como as consequências de tais condutas para a moralidade pública. Digno de nota, também, é o silêncio sepulcral das entidades sindicais, outrora comandadas por professoras vociferantes e por iguais representantes de outras categorias do funcionalismo. 

Apesar da penúria do erário, quem quer que seja que ligue seu aparelho de rádio ou de TV, ou abra algum jornal, ou revista de cor amarela, constatará a máquina de propaganda de Pimentel operando a pleno vapor. O mais espantoso é o apelo permanente à serenidade, à eficiência, ao trabalho duro e outras categorias publicitárias vindas de um governante enroscado com graves acusações penais e políticas. E estas não provêm dos eventuais adversários ou inimigos políticos do governador mineiro. São questionamentos provindos de sócios e parceiros seus; gente, portanto, que vivia tranquila dentro da caverna de Ali Babá. Sabem, pois, por quais trilhos circulava, ou ainda circula, o governador mais honesto de Minas, somente equiparável a Lula da Silva, outro grande líder petista igualmente famoso pelo caráter e moralidade sem jaça.

Então, fica assim. Dinheiro para pagar funcionários, aposentados e pensionistas não existe. O salário da turma é pago à prestação. Já dinheiro para entupir os meios de comunicação de exuberante patrocínio, aí, sim, há grana de montão. Ao Ministério Público, tão zeloso de suas reais e supostas atribuições, não caberia questionar a conduta do governador?

Só por curiosidade: o MP também recebe seus subsídios parceladamente?

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