"Além, muito além daquela serra, que ainda azula
no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que
tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna
e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu
sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como
seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena
virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo da
grande nação tabajara, o pé grácil e nu,
mal roçando alisava apenas a verde pelúcia
que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol..." |
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